Carne clandestina

GAECO prende quadrilha que furtava gado e vendia carne clandestinamente no Tocantins

A quadrilha abastecia açougues de Aparecida do Rio Negro e Palmas.

Por Nilo Almeida 2.226
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22/12/2020 09h28 - Atualizado há 3 anos
Gado era abatido e distribuído de forma rústica

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Tocantins (GAECO) deflagrou na manhã desta terça-feira (22) a Operação Moloque, para desarticular uma quadrilha suspeita de furtar, abater e comercializar gado na região dos municípios de Rio Sono, Aparecida do Rio Negro e Novo Acordo. Quatro dos sete mandados de prisão expedidos já foram cumpridos.

A operação recebeu esse nome de Moloque em alusão ao Deus Cananeu que tinha forma de Touro e em seus rituais eram realizados sacrifício de sangue, na busca por prosperidade. A carne clandestina era destinada a açougues de Aparecida do Rio Negro e de Palmas. 

Segundo a investigação, o processo de abate, transporte e distribuição era feito de maneira rústica, mas a quadrilha tinha capacidade para abater quatro animais por semana. Mais de 100 animais foram abatidos na região somente nos últimos dois anos, gerando um prejuízo estimado em mais de R$ 500 mil aos produtores locais.

A promotora de Justiça Maria Natal de Carvalho, coordenadora do Gaeco, disse que as equipes continuam em campo para cumprir os mandados de prisão restantes e que um dos foragidos foi para Goiânia (GO) e o pedido de sua prisão preventiva será formulado pelo MPTO.

Maria Natal ressalta os riscos do consumo de carne clandestina, bem como os maus-tratos aos quais os animais são submetidos quando abatidos de forma irregular. “O consumidor deve adotar algumas medidas na compra da carne, observando a procedência, o endereçamento do fabricante, o selo do Serviço de Inspeção Federal e se o açougue tem cadastro na vigilância sanitária, bem como às condições gerais do estabelecimento”.

Local de abatimento clandestino
Cabeça de animal abatido

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