Farra com dinheiro público

Governo contrata empresa por R$ 10,5 milhões para fazer vigilância armada e eletrônica em um único órgão

Por Redação AF
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22/03/2016 14h24 - Atualizado há 5 anos
Da Redação//AF Notícias Em meio a uma crise financeira, o Governo de Marcelo Miranda (PMDB) vai gastar este ano nada menos que R$ 10,5 milhões com serviços de vigilância armada e eletrônica apenas na Agência Tocantinense de Transportes e Obras  (AGETO). O extrato do contrato foi publicado no Diário Oficial da última quinta-feira (17/03), no valor exato de R$ 10.575.569,52. O contrato tem vigência de 12 meses e foi assinado no último dia 16 de março pelo presidente da Agência, Sérgio Leão. A empresa que prestará os serviços é a Total Vigilância e Segurança Ltda. Além de ter contratado segurança armada, a Agência ainda vai gastar  R$ 34.376,76 com seguro dos veículos durante um ano. Através de pesquisa no Portal da Transparência é possível constatar que o montante é superior ao valor utilizado para a contratação dos mesmos serviços em 23 secretarias e órgãos no governo anterior, além do Tribunal de Contas e Defensoria Pública entre os anos de 2012 a 2014. "É estarrecedor. E para um Governo que pediu a esta Casa o maior pacote de impostos que este Estado já viu”, protestou o deputado Eduardo Siqueira Campos. Para o deputado, falta ao governador Marcelo Miranda maior atenção com os gastos públicos. “Será que o Governador lê o Diário Oficial e o que é publicado? Tá faltando acompanhamento do custeio da máquina.”, frisou, lembrando da indignação dos servidores da saúde, que não recebem pelas horas extras trabalhadas e agora veem apenas um órgão realizar um contrato neste valor. Eduardo ainda denunciou o excessivo aumento de gastos da Agência de Fomento na contratação de prestadores de serviços. “Lá é diferente, a empresa não existia, é de uma pessoa que trabalhou na Assembleia e que ganhou a licitação sem nem ter documentação da Receita e da Prefeitura. Em seguida, foram mais quatro contratos, sendo um deles de mais R$ 2 milhões”, denunciou. Segundo o parlamentar, enquanto os recursos públicos são gastos de forma inadequada, faltam materiais de trabalho nos hospitais e medicamentos para os pacientes. No Hospital Geral de Palmas, por exemplo, familiares de pacientes estão comprando remédio para dor, gases e luvas. No Dona Regina as UTIs estão fechadas por falta de pagamento à empresa terceirizada.

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