Profissionais reivindicam o reajuste de 33,24% referente ao piso salarial.
Professores da rede municipal de ensino de duas cidades do Tocantins estão em greve reivindicando reajuste salarial. No município de Miracema a greve já dura mais de uma semana, porém, a prefeita Camila Fernandes (MDB) ainda não se manifestou. Já em Porto Nacional, a greve teve início nessa segunda-feira (25/4).
O professor Iata Anderson, presidente do Sintet regional de Miracema, disse que a greve em Miracema vai continuar enquanto a prefeita não dialogar com a categoria.
“Estamos em greve aqui na regional de Miracema em função do autoritarismo da prefeita Camila que não dialoga com a categoria. A reivindicação é o reajuste de 33,24% referente ao piso nacional do magistério, que é definido pelo MEC todos os anos com base no custo-aluno, e de 10,16% para os demais funcionários de escolas, referente ao INPC no período de janeiro de 2020 a janeiro de 2021, a inflação”, explicou.
Segundo o Sintet, a categoria ainda luta em defesa do PCCR, o plano que institui a carreira dos trabalhadores da educação do município de Miracema, mas que se encontra ameaçado pela atual gestão, bem como em defesa do estatuto do servidor público, que está em análise pela gestão sem diálogo com os trabalhadores para discussão das reformulações.
A rede municipal de Miracema conta com mais de 140 profissionais da educação, destes, mais de 100 são professores. Mais de 1.600 alunos estão matriculados em 2022.
Greve em Porto Nacional
Professores do município de Porto Nacional foram às ruas nesta segunda-feira (25/4) no 1º dia de greve da educação, em ato público, para que o prefeito Ronivon Maciel (PSD) faça a atualização da tabela salarial respeitando os percentuais das progressões horizontal e vertical.
A Prefeitura de Porto Nacional propôs ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet) o pagamento do reajuste de 33,24% para os professores que recebem abaixo do piso salarial; 17,5% para professores graduados e 14% para professores especialistas, Mestres e Doutores. A gestão municipal ainda aguarda um posicionamento da categoria.
“A categoria rechaça qualquer proposta que não seja o índice do reajuste do piso para 2022. Não há legitimidade para acordos que reduzam o direito e achatam a carreira do magistério”, disse a vice-presidente do Sintet Regional de Porto Nacional, Márcia Jorge.
Para o Sintet, a proposta não atende a reivindicação da categoria que cobra a aplicação do índice do reajuste do piso na carreira, conforme estabelecido pela Lei do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração do Magistério da rede municipal.
De acordo com o Sindicato, com a proposta apresentada pela Prefeitura, o Executivo congela o salário dos professores, fazendo a mudança de nível 1 para nível 2 de 36 para 18.