Os autores são membros da facção criminosa Comando Vermelho.
Quatro criminosos foram condenados pelo latrocínio que vitimou o idoso Abílio da Silva, de 69 anos, em Araguaína. O crime bárbaro aconteceu em 2019 no setor Nova Araguaína e o corpo da vítima foi encontrado com sinais de tortura no dia da tradicional cavalgada da cidade - 9 de junho. O caso foi investigado e desvendado pela Delegacia de Repressão a Roubos (DRR).
O réu Jardel Matos Ribeiro, vulgo Dois Contos, foi condenado a 23 anos e 6 meses de prisão, a maior pena. O comparsa dele, Matheus Lima Rodrigues, vulgo Chico Doido, pegou 20 anos de reclusão. Eles foram os executores do latrocínio.
Já Leonan Coelho da Fonseca foi condenado a 2 anos por ter fornecido informações da vítima aos criminosos. Ele teria dito que o idoso emprestava dinheiro a juros e possuía valores em casa. Rafael Oliveira de Sousa pegou 3 anos e 06 meses de reclusão por também ter colaborado com o atentado.
Conforme a polícia, os autores são membros da facção criminosa Comando Vermelho. O 5º envolvido no crime foi assassinado alguns meses após o latrocínio.
As investigações conduzidas pela equipe do delegado Breno Eduardo apontaram que, no dia anterior ao latrocínio, Jardel, Rafael e Matheus pularam o muro da residência da vítima e ficaram escondidos aguardando o idoso acordar. Entretanto, antes que isso ocorresse, vizinhos bateram no portão dizendo que era a polícia. Assustados, os acusados empreenderam fuga, deixando para trás uma arma de fogo.
O grupo retornou à casa da vítima no dia seguinte, com intuito de recuperar a arma e roubar o dinheiro. Durante o latrocínio, o idoso foi torturado e asfixiado com uma sacola plástica. Abílio da Silva foi encontrado morto dentro de casa, sem roupas e amarrado.
“O acusado Matheus Lima já respondia por diversos outros processos por crimes realizados em conjunto com o acusado Jardel, vulgo Dois Contos, dentre eles, um de latrocínio tentado, ocasião em que efetuaram um disparo de arma de fogo contra a cabeça de uma jovem. O julgamento comprovou a nossa investigação, mostrando a participação e envolvimento dos réus”, explicou o delegado Breno Eduardo.
A sentença condenatória foi proferida pelo juiz Antônio Dantas de Oliveira Junior, da 2ª Vara Criminal de Araguaína.
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