Nova decisão

Após três meses, Justiça manda desinternar mulher que matava cães para se alimentar em Araguaína

Mulher estava internada internada compulsoriamente no HRA desde março.

Por Redação 1.620
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15/06/2023 09h30 - Atualizado há 1 ano
Mulher matava e comia os cães que estavam com ela em casa abandonaada.

A Justiça decidiu reverter a ordem internação compulsória da mulher suspeita de matar cães de rua para se alimentar, em Araguaína (TO). Ela tinha sido internada no início de março depois de ser autuada pela polícia por maus-tratos a animais domésticos.

A nova decisão da Justiça foi publicada na semana passada. O juiz da 2ª Vara Criminal de Araguaína atendeu um pedido de concessão de liberdade provisória feito pela Defensoria Pública do Estado (DPE-TO), mas determinou que a rede de assistência social promova o acompanhamento da paciente.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou que a mulher segue internada no Hospital Regional de Araguaína (HRA). 

A mulher vivia em uma casa abandonada no setor Vila Nova, onde mantinha animais em cativeiro. Na época, ela contou à Polícia Militar que realmente havia matado cerca de dez cães para comer e que as peles estendidas no varal eram dos animais sacrificados.

Durante a internação, a paciente foi diagnosticada com esquizofrenia paranoide, mas passou por tratamento e recebeu alta médica no início de abril. “Estando estável e apta a continuar o seu tratamento em regime ambulatorial”, diz o documento.

O juiz Antônio Dantas de Oliveira Junior afirmou que é dever do Estado promover a desospitalização e disponibilizar os meios para que a paciente continue a terapia prescrita em liberdade.

Assim, não apresenta a paciente situação que justifique a manutenção de sua internação, motivo pelo qual, há que ser deferida a desinternação para que se dê continuidade ao seu tratamento em meio extra-hospitalar”, decidiu o juiz.

A decisão prevê que a liberação da mulher deverá ser feita na presença das equipes do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), bem como da direção do hospital, para que sejam feitas as articulações necessárias que garantam a continuidade do tratamento.

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