Brasília

Líderes sindicais do Tocantins participam de protesto e cobram renúncia de Temer: 'não tem moral para continuar'

Por Redação AF
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25/05/2017 08h08 - Atualizado há 5 anos
Márcia Costa //AF Notícias Na avaliação das centrais sindicais e movimentos sociais, a marcha "Ocupe Brasília", ocorrida nesta quarta-feira (24) e contrária às reformas Trabalhista e da Previdência, foi um sucesso e contou com a adesão maciça da população. De acordo com os organizadores, a previsão de cem mil pessoas nos ruas foi superada com tranquilidade e o recado ao Congresso e ao Palácio do Planalto foi dado. O presidente Michel Temer também foi alvo de críticas, com pedidos de renúncia do seu mandato, atrelando seu nome às denúncias de propina delatadas pelos sócios da empresa JBS. O protesto reuniu caravanas de trabalhadores de várias partes do País, entre elas representantes sindicais do Tocantins. O ato começou no estacionamento do Estádio Mané Garrincha e seguiu até o Congresso Nacional. O presidente Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro fez uma avaliação positiva e afirmou que a população não irá se calar. "O presidente Michel Temer não tem condições de governar o Brasil, uma vez que se envolveu em escândalos e agora está fazendo reuniões nos porões do Palácio Jaburu. Não aceitamos as reformas propostas por ele e a população não irá se calar. Hoje estamos nas ruas dando grito de ordem "Fora Temer" porque não aceitamos um presidente que quer tirar o direito do trabalhador e quer fazer reformas que não irão acrescentar positivamente aos brasileiros", declarou Cleiton Pinheiro. O diretor sindical da Regional de Araguaína, Ronaldo Sérgio, afirmou que os deputados federais do Tocantins estão cientes do que a população espera de seus parlamentares e pediu que eles "não envergonhe o Tocantins". "Esse Governo, além de não ser legítimo, não tem caráter e nem mesmo moral para estar à frente do país. Somos  contra essas reformas e nenhum direito a menos para nós trabalhadores brasileiros. Fora Temer", afirmou. Para o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), José Calixto Ramos a população aderiu aos movimentos por sentir falta de representantes dentro do governo. "Apesar de alguns focos de tensão, os protestos foram pacíficos. Ficamos orgulhosos em ver vários setores da sociedade civil organizada juntos, numa só bandeira suprapartidária. Tentamos de todas as formas mostrar ao presidente Michel Temer e ao deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara, o quão prejudicial essas reformas são para o País, mas eles não quiseram nos ouvir. Essas atitudes mostram total insensibilidade e falta de diálogo com o povo brasileiro. Se eles não nos ouvem, nos resta protestar”, afirma Calixto. O sindicalista também coloca que a "Ocupe Brasília" foi um primeiro passo para novos protestos, ainda sem datas definidas, mas que já tem a adesão de boa parte dos setores dos diversos sociedade. “Se o Congresso e o Governo não se sensibilizarem, vamos fazer uma paralisação maior ainda", defende o presidente da NCST.

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