Notícias do Tocantins - Médicos clínicos gerais contratados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), que trabalham no pronto socorro do Hospital Regional de Araguaína, reclamam dos baixos salários pagos pelo Governo do Tocantins. Por isso, muitos profissionais estariam dispensando ofertas de trabalho ou até pedindo a quebra de contrato no segundo maior hospital público do Estado.

Conforme a denúncia, faltam médicos para fazer as prescrições na Sala Verde e, às vezes, apenas dois profissionais ficam responsáveis pelo atendimento em todo o extenso corredor do hospital.

“Um plantão médico na UPA de 12 horas sai por R$ 1.200,00 enquanto no Hospital Regional, com a mesma jornada, fica por R$ 630,00. Quem ganha muito são os concursados. A gente que é contrato ninguém está nem aí. Não tem ninguém para nos representar e quando vem o governador, fazem as maquiagens para que tudo corra bem”, afirmou um médio da unidade.

A remuneração do clínico geral contratado pelo Governo para uma jornada de 20 horas é de R$ 5.138,10, mas com os descontos, o valor líquido cai para apenas R$ 4.227,73.

Os médicos disseram que já tentaram se reunir com o secretário da Saúde e com o governador Wanderlei Barbosa para discutir a situação, mas recebem a informação de que eles não teriam tempo para falar sobre o assunto.

O que diz a Secretaria de Saúde

Questionada, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) informou que o salário dos referidos médicos são pagos com base no piso salarial da categoria, acompanhado pelos sindicatos e conselhos regionais representantes da categoria.

A Pasta destacou que além do salário, em conformidade com a Lei nº 3.490, os médicos contratados temporariamente também recebem adicional noturno e insalubridade, bem como direito a férias e décimo terceiro.

Em relação ao quantitativo de médicos a SES-TO pontuou que, “tem realizado progressivas contratações de profissionais o que tem garantido o atendimento da população, a exemplo disso, foram os 20 novos contratos em dezembro de 2023”.

Por fim, a Secretara da Saúde reforçou seu compromisso de garantir uma assistência digna, célere e humanizada aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e o zelo para que todas as pessoas acolhidas em suas unidades recebam o tratamento necessário aos seus quadros clínicos.

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