Homicídio foi planejado após mensagens enviadas pela mulher.
A Justiça condenou uma mulher a 15 anos, 6 meses e 16 dias de prisão por homicídio qualificado (motivo torpe) e por integrar uma organização criminosa, em Araguaína.
A sessão do Tribunal do Júri, realizada nesta quinta-feira (18), julgou um caso de homicídio ocorrido em 28 de novembro de 2019 no Parque Cimba.
Segundo a denúncia do Ministério Público do Tocantins (MPTO), a ré Kelly Jordania Carvalho da Silva articulou a morte do adolescente Leonardo Gomes de Sousa, de 17 anos, “no âmbito de disputa de organizações criminosas”. O assassinato, cometido com uso de arma de fogo, foi praticado por dois homens, que foram denunciados em outros processos.
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Conforme as investigações da Polícia Civil, ficou comprovado que a motivação do crime foi disputa entre facções. “A vítima integrava a facção Comando Vermelho, ao passo que Kelly Jordania e os executores do homicídio pertenciam ao PCC”, diz a denúncia do MPTO.
As investigações ainda apontaram que Kelly fazia parte de um grupo de WhatsApp formado por integrantes do PCC, “onde se discutia a venda de drogas, armas e o planejamento de homicídios”.
No dia do crime, ficou comprovado, pela análise das conversas, que o homicídio foi planejado após mensagens enviadas pela acusada. Uma testemunha relatou que Kelly foi a responsável por indicar a localização da vítima. Ela também pediu que alguém fosse buscar a arma usada para matar Leonardo.
A sustentação na sessão do Tribunal do Júri ficou a cargo do promotor de Justiça Guilherme Cintra Deleuse.