Autocuidado

'Cada um é bonito do seu jeito': adolescentes entendem as mudanças físicas dessa fase da vida

Aceitação das características físicas é tema de ações para adolescentes.

Por Redação
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07/10/2022 09h04 - Atualizado há 1 ano
Mais de 30 jovens entre 12 a 17 anos participaram do cine-debate com o documentário

A adolescência é uma fase cheia de mudanças físicas, alterações hormonais e questionamentos sociais. Com intuito de estimular o desenvolvimento saudável dos jovens araguainenses, o Núcleo de Cidadania de Adolescentes (NUCA) do Centro de Referência em Assistência Social do Setor Araguaína Sul (CRAS 2) promoveu uma ação com cine-debate, dinâmica e palestra.

Aos 17 anos, Mateus dos Anjos estava entre os 33 adolescentes que participaram do evento, na última terça-feira (4). Ele já esteve em outras ações do NUCA e considera importante, pois nesse período foi capaz de ter mudanças positivas em seu comportamento. “Antes eu tinha muita timidez e dificuldade de interagir com os outros, hoje eu não tenho mais”.

No local, o documentário “Tour pelo meu corpo” foi exibido e transmitiu a mensagem sobre a importância de aceitar as próprias características físicas, como por exemplo: o cabelo natural, a cor da pele, o formato do nariz ou corpo.

“Cada um é bonito do seu jeito e as diferenças são importantes e não se pode ceder à pressão da mídia ou redes sociais, ficar se comparando. A beleza de alguém não anula outra”, explicou a diretora interina de Políticas Públicas Setoriais de Araguaína, Rhaíssa da Rosa.

Mais respeito

Os adolescentes também participaram de uma dinâmica, em que cada grupo montava um quebra-cabeça com várias peças do corpo humano. No fim, eles fizeram uma atividade escrita em que escreveram as características físicas que mais gostam neles e relataram algumas experiências. 

A jovem Lana Kevely, de 12 anos, já participou de alguns encontros e aprendeu a não se afetar com a opinião alheia. “Eu não ligo mais, mas já ouvi as pessoas falando do meu cabelo e eu já me senti ofendida. Falaram do meu corpo quando eu usei short e me chamaram de gorda, o filme ensina muito o jeito de olhar com respeito para as diferenças”.

Ações contínuas

O evento faz parte do Selo Unicef em que o Município assumiu o compromisso de desenvolver políticas públicas pela infância e adolescência. “Queremos incentivar os jovens a praticarem o autocuidado, por meio de músicas e diversas atividades. Além de aprenderem a se amar, se respeitarem e se sentirem especiais com todas as suas características”, disse a mobilizadora do NUCA, Clara Nascimento.

Durante este ano, já foram promovidos mais de 10 encontros com temáticas variadas: educação financeira, racismo, saúde mental, sexualidade e educação ambiental.

Os eventos são realizados uma vez por mês, com jovens de12 a 17 anos, atendidos pelo CRAS ou que estão em casas de acolhimento. “O NUCA ajuda muito a conversar, debater, desabafar e tirar dúvidas sobre temas que são importantes para o nosso cotidiano”, disse Brena Angel, uma das adolescentes atendidas.

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