O servidor Fábio Lanna integra o quadro da Polícia Civil do Tocantins como papiloscopista do Instituto de Identificação, da Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO), há 18 anos. Nesse período, ele já participou da resolução de diversos casos, alguns muito interessantes. No dia dedicado a estes profissionais, 05 de fevereiro, o papiloscopista conta que já vivenciou diversas situações inusitadas no exercício da profissão.

Uma delas foi comprovar com exame de comparação facial e digital que um idoso, dado como morto pela família, estava vivo. De acordo com o papiloscopista, o homem estaria desaparecido há 20 anos, em Imperatriz - MA.

Neste interstício os familiares teriam reconhecido um corpo no Instituto Médico Legal (IML) daquele estado que, em tese, seria do desaparecido. Até mesmo uma cerimônia fúnebre chegou a ser realizada. Em 2018, no entanto, esse mesmo homem tentou se casar, no Tocantins, mas recebeu a notícia de que estava legalmente morto.

“Após o pedido judicial, realizamos o confronto entre uma identidade antiga com a foto e a digital atual colhida do suposto falecido, e comprovamos que o homem estava vivo e o cadáver reconhecido pela família se tratava de outra pessoa”, informou.

Para o papiloscopista, histórias como essas refletem a importância do trabalho papiloscópico que vai do início da vida de qualquer cidadão até a sua morte. “O documento de identidade garante sua unicidade perante a sociedade, é através dele que o nosso trabalho vai além da emissão de documentos”, destacou o profissional.

Os papiloscopistas atuam em duas áreas distintas e igualmente importantes, a saber, a área civil com a emissão de documentos de identidades e certidões civis e a área criminal, realizando, dentre outras atribuições, o exame papiloscópico nas cenas de crimes, com a finalidade de buscar a autoria delitiva; exame necropapiloscópico; dentificações criminais; exames de comparação facial; retrato falado e projeção de envelhecimento e rejuvenescimento.

O secretário da Segurança Pública, Wlademir Costa, parabenizou os papiloscopistas e ressaltou sua importância para o enfrentamento do crime e exercício da vida civil dos cidadãos tocantinenses. “Esses profissionais são de suma importância para o trabalho de investigação da Polícia Civil, por isso é muito importante homenagear quem contribui para o exercício da cidadania e na identificação de vestígios necessários para solução de crimes”, saudou Wladimir.

A diretora de papiloscopia do Tocantins, Naídes César, celebra o dia destacando que os papiloscopistas vêm se aprimorando, indo além da emissão de documentos. “Representando os demais colegas de profissão, externo o orgulho em ser papiloscopista do Tocantins e parabenizo todos pela dedicação. É um desafio, mas vemos o resultado desse trabalho diariamente, e sua importância para a vida de cada cidadão”, enfatizou. 

Identificação de digitais / Foto: Luiz de Castro