Superlotação

Pacientes reclamam de superlotação e demora de até seis horas para atendimento na UPA em Araguaína

Por Agnaldo Araujo
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28/03/2017 16h11 - Atualizado há 5 anos
Ramila Macedo Pacientes da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), do Setor Araguaína Sul, em Araguaína (TO), estão reclamando da demora de até seis horas para atendimento. Segundo informações, desde a manhã desta terça-feira (28/03) a recepção da unidade está lotada de pessoas aguardando a consulta médica. Francisca Ribeiro, de 43 anos, contou que chegou à unidade por volta das 7h45. “Está uma vergonha a saúde nesse lugar. Tem gente que chegou na mesma hora que eu e nada. Agora [uma hora da tarde] os dois consultórios estão fechados. Tem mais ou menos cerca de uma hora que não está tendo atendimento nenhum. E o pessoal continua passando mal aqui” reclamou. Já a paciente Francisca disse que machucou a perna após sofrer um acidente de moto no sábado. Após ser atendia na unidade, a lesão na perna piorou e ela precisou voltar. “Eu estou aqui desde cedinho, o médico disse que se eu não melhorasse era para eu retornar. Eu não estou conseguindo andar, meu pé está dormente. E eu estou aqui. Tem um monte de gente aqui passando mal”, disse. A paciente só foi atendida por volta das 14h30 e contou que a unidade continua lotada na tarde desta terça-feira. Outro lado Em nota, o diretor técnico da unidade, Dr. Hilton Piccelli, admitiu lentidão no atendimento e informou que “a demora, principalmente dos pacientes classificados como verde e azul, está ocorrendo por causa do grande número de pacientes na sala vermelha da unidade, o que demanda mais atenção da equipe médica da UPA”. Ainda de acordo com a direção, a lotação é uma consequência da dificuldade de transferência de pacientes para o Hospital Regional de Araguaína. Até o momento, pelo menos seis pacientes aguardam encaminhamento, mas a direção da UPA foi informada que não há vagas no HRA para recebê-los. Para sanar parte desta situação, a UPA propôs um trabalho conjunto com o HRA para a reclassificação de risco dos pacientes verdes e azuis, buscando o direcionamento dos casos para as unidades básicas de saúde, responsáveis por atender estes tipos de casos. Outra medida será a criação de uma nova escala de classificação de risco (verde, azul, amarelo, laranja e vermelho) para alinhar os atendimentos entre UPA e HRA. Ainda assim, é necessário um tempo para a normalização dos atendimentos. A direção da UPA esclareceu ainda que a demanda por atendimento continua crescendo e que a unidade não tem autonomia para condução de casos em regime de internação. Ela é responsável por acolher o paciente, dar o primeiro atendimento e encaminhar para uma unidade especializada. Sobre o caso da paciente citada na reportagem, a UPA informou que ela passará por uma reclassificação e será avaliada pelo diretor clínico da unidade. (Araguaína Notícias)

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