Horário é das 23 horas, saindo de Araguaina.
Estudantes de Araguaína que moram no Distrito de Novo Horizonte, a cerca de 18 km da cidade, estão preocupados com a questão do transporte público coletivo. O motivo é que a Viação Passaredo vai suspender, a partir desta sexta-feira (14/4), o último horário da linha para o distrito, às 23h, que eles utilizam no retorno para casa.
“A gente só ficou sabendo que o ônibus tinha sido cortado porque o motorista mostrou a mensagem pra gente ontem (quarta, dia 12)”, declarou a estudante Renata Oliveira, 26 anos, que faz o curso técnico de Automação Industrial no Senai.
Ela conta que serão prejudicados tanto os alunos da rede estadual de ensino quanto os que estudam nas universidades e faculdades da cidade.
“Antes da pandemia, sempre teve esse horário da 11 horas da noite (23h), que é o horário que os alunos voltam das aulas. A Passaredo aproveitou a pandemia e tirou esse horário definitivamente. E desde que a gente votlou a estudar presencialmente, a carência estava muito grande e a gente correu atrás e conseguimos o retorno do horário", explicou Renata.
De acordo com a estudante, a empresa justificou a suspensão alegando que o fluxo de passageiros é muito pouco e quase não cobre nem o gasto com o combustível.
Renata explicou que no momento são apenas quatro estudantes que estão fazendo o retorno no horário das 23 horas, mas este número vai aumentar nos próximos dias com a liberação de vagas para o ensino médio. Além disso, há pessoas que se inscreveram em cursos técnicos no período noturno e devem começar as aulas nos próximos dias.
Renata desabafou, pois os estudantes não terão condições de arcar com os custos do transporte particular. “Isso é um absurdo! Um mototáxi está cobrando R$ 500 por mês só pra deixar aqui no nosso setor. Por mais que sejam poucos alunos é de um direito nosso ter nosso transporte público. Estamos pedindo socorro, o ônibus só roda até sexta feira”, clamou a estudante.
A estudante disse ainda que já procurou o prefeito, o chefe de gabinete, a Agência de Segurança, Transporte e Trânsito (ASTT), mas disseram que o município não poderia ajudá-la nesta questão.