Em Palmas

Professores sofrem ataques após vídeo de criança autista com fezes; Sintet pede cautela

O Sintet disse que encaminhará as provas dos ataques virtuais à Justiça.

Por Redação 2.006
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14/10/2021 15h43 - Atualizado há 2 anos
Reunião do Sintet na escola Caroline Campelo

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Tocantins (Sintet) afirmou que os profissionais da Escola de Tempo Integral Caroline Campelo, em Palmas, estão sendo “caluniados, chacoteados, humilhados e até ameaçados”, depois que uma mãe gravou um vídeo em que mostra o filho autista sujo de fezes ao buscá-lo no final da aula.

O caso aconteceu no último dia 6 de outubro e teve ampla repercussão nas redes sociais. "Meu filho é autista, especial. Deixei meu filho na escola Caroline Campelo e olha como o meu filho está. Todo cagado”, disse a mãe em um trecho do vídeo.

Vídeo

Na nota, o Sintet explica que “para cada aluno com necessidade especial é contratado um cuidador, segundo a Portaria da Prefeitura de Palmas, e em cada sala de educação infantil só é permitido até dois alunos com alguma deficiência”. "O fato ocorrido só comprova a necessidade de pessoas com formação e qualificação pedagógica especializada para atuar dentro das escolas”, enfatiza.

O Sindicato afirmou que os profissionais da escola estão sofrendo até ameaças por causa da ampla divulgação do ocorrido e pede mais “cuidado e apuração cautelosa aos produtores de notícias e de conteúdo, responsabilidade e zelo no ato de informar à sociedade”.

Ainda na nota, o Sintet cobra a realização urgente de concurso público. “Chega de contratos por indicação política, chega de apadrinhamento nas indicações nos cargos dentro das escolas, queremos concurso já". 

Veja a íntegra da nota 

Nota de apoio aos trabalhadores em educação da ETI Caroline Campelo

"Aproveitamos a proximidade do Dia do Professor para cobrar respeito ao professor e aos profissionais da educação, aos funcionários de escola como um todo. Pedir cuidado e apuração cautelosa aos produtores de notícias e de conteúdo, responsabilidade e zelo no ato de informar à sociedade.  A vida das pessoas, a família, a honra pela carreira são mais importantes que número de seguidores e engajamento.

O Sintet se solidariza com os profissionais da educação da ETI Caroline Campelo, localizada na região Sul de Palmas, que estão sendo caluniados, chacoteados, humilhados e até ameaçados – o famoso cancelamento nas redes sociais - após ampla divulgação através da mídia e das redes sociais de que um aluno (06), autista, da 1° série da educação infantil, da ETI Caroline Campelo, ser encontrado pela mãe sujo de fezes ao buscá-lo ao final da aula.

Os profissionais da educação que compõem o quadro efetivo da ETI Caroline Campelo possuem formação superior e técnica nas áreas que atuam e são qualificados, o que não se pode dizer de alguns cuidadores, cargo ocupado na maioria dos casos, por pessoas sem formação, sem qualificação técnica e por apadrinhamento político. Isso a mídia não mostra!

Para cada aluno com necessidade especial, segundo a Portaria da Prefeitura de Palmas, é contratado um cuidador. E em cada sala de educação infantil só é permitido haver dois alunos com alguma deficiência. O fato ocorrido só comprova a necessidade de pessoas com formação e qualificação pedagógica especializada para atuar dentro das escolas.

Aproveitamos a proximidade do Dia do Professor, para cobrar respeito ao professor e aos profissionais da educação. Pedir cuidado e apuração cautelosa aos produtores de notícias e de conteúdo, responsabilidade e zelo no ato de informar à sociedade.  A vida das pessoas, a família, a honra pela carreira são mais importantes que número de seguidores e engajamento.

Por isso, o Sintet reafirma seu compromisso na defesa da carreira do magistério e cobra fervorosamente aos gestores públicos, municipal e estadual, pela realização de concurso público, chega de contratos por indicação política, chega de apadrinhamento nas indicações nos cargos dentro das escolas, queremos concurso já.

Os diretores do Sintet ouviram as demandas dos profissionais na escola no último dia 10 de outubro e encaminhará ao jurídico todas as provas de ataques virtuais para judicializar e responsabilizar os responsáveis.

Diretoria do Sintet Regional de Palmas
"Quem luta, Educa. A Educação Liberta!"

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