Prefeito afirmou que não tem como atender a categoria
Os profissionais da rede municipal de Educação de Araguaína decidiram, nesta terça-feira (31/5), que vão entrar em greve a partir de segunda-feira, 6 de junho, caso o prefeito Wagner Rodrigues não conceda reajuste salarial de 33,24% para a categoria.
Nesta terça-feira, o prefeito recebeu os representantes do Sintet para uma conversa, mas reafirmou que o Município não tem condições financeiras de conceder o reajuste sob pena de extrapolar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
Em março deste ano, o Wagner Rodrigues concedeu correção salarial de 10,18% para todos os servidores municipais, incluindo os professores. A categoria quer mais 23,06% para alcançar o reajuste de 33,24% do piso nacional.
A prefeitura argumenta que nenhum professor recebe atualmente abaixo do piso salarial de R$ 3.845,63. Mas a reivindicação do Sintet é que o reajuste de 33,24% seja aplicado sobre o plano de carreira, ou seja, em cima dos atuais salários recebidos pelos professores.
As escolas e creches municipais não tiveram aulas nessa segunda e terça-feira, dias 30 e 31 de maio, por causa da paralisação dos professores. A rede tem mais de 20 mil alunos.
“Nós esperamos que até a segunda-feira, dia 6, o prefeito Wagner cumpra o reajuste e atenda nossa pauta. Tem recurso, tem como pagar e nós contamos com a correta aplicação dos recursos da Educação”, disse a presidente do Sintet Regional de Araguaína, Rosy França.
Nesta quarta, 1º de junho, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintet) vai realizar os procedimentos oficiais acerca da greve e comunicar a prefeitura sobre a decisão da categoria.
O piso é regido pela lei n° 11.738/2008, cujo percentual de reajuste em 2022 é de 33,24%.