Os serviços do Plansaúde estão totalmente suspensos desde a última segunda-feira (26) por causa de uma dívida milionária do Governo do Estado com os prestadores de serviços. Desde agosto os funcionários públicos do estado estão enfrentando problemas para realizar consultas médicas, exames e outros procedimentos oferecidos pelo plano. Ocorre que, todos os meses, os servidores públicos têm descontado um percentual nos contracheques. É o caso do servidor Maurício Mendes. Ele está há mais de um mês sem conseguir utilizar os serviços do plano. Recentemente, ele também ouviu comentários de que o plano não voltaria mais a funcionar, pois estaria "falido". Diante desse cenário de incertezas, muitas outras dúvidas surgem nos servidores e em seus familiares, que são dependentes do plano. Uma delas diz respeito à possibilidade, ou não, de ressarcir o dinheiro pago em consultas e exames particulares. Sobre esse assunto, a Secretaria da Administração foi taxativa.
“Em hipótese alguma haverá reembolso de qualquer quantia que o titular venha a pagar diretamente ao prestador de serviços, filiado ou não”, diz o esclarecimento enviado ao
AF Notícias. A previsão está na Lei Estadual nº 2.296/2010. A Secad não respondeu se o plano está falido ou não. Outra dúvida do servidor está relacionada aos descontos mensais nos contracheques, tendo em vista a paralisação dos atendimentos. A má notícia é que os descontos devem continuar normalmente. O Plansaúde tem uma arrecadação milionária todos os meses. Na última sexta-feira (23/9) a Justiça atendeu o pedido do governo e determinou que os atendimentos de urgência e emergência sejam mantidos, mas os prestadores de serviço alegam que o governo está devendo mais de R$ 100 milhões, acumulado desde o mês de maio. Está prevista para quinta-feira (29) uma reunião entre Estado, Defensoria Pública, prestadores de serviço e Justiça para definir a situação do Plansaúde. Enquanto isso, restam somente incertezas aos servidores.