Nota de repúdio

Classe jornalística fica indignada com mudança na Secretaria de Comunicação de Gurupi

Prefeita nomeou como secretário um profissional não formado na área.

Por Redação 997
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08/02/2022 18h14 - Atualizado há 2 anos
Prefeita Josi Nunes (PSL), de Gurupi

A nomeação de um profissional sem formação em jornalismo para comandar a Secretaria Municipal de Comunicação de Gurupi gerou polêmica e insatisfação da classe jornalística no Tocantins.

Nessa segunda-feira (7), a prefeita Josi Nunes exonerou a jornalista Nicéia Menegon, que ocupava o cargo desde maio de 2021, e nomeou Fernando Henrique Novais para comandar interinamente a Comunicação da 3ª maior cidade do estado.

Por meio de nota, o Sindicato dos Jornalistas do Tocantins (Sindjor-TO) manifestou surpresa e indignação com a nomeação de um não formado na área para ocupar o cargo e classificou como um ato de desvalorização aos profissionais do jornalismo.

O sindicato expressou que mesmo se tratando da livre escolha para as nomeações é lamentável que estas sejam pautadas somente nas “relações políticas e não profissionais”. O Sindjor-TO pontuou ainda o fato da prefeita ter se colocado completamente alheia à existência do curso de Jornalismo no município, que já formou centenas de bons profissionais e que recentemente recebeu conceito 4, em uma avaliação do Conselho de Educação.

Por fim, o sindicato reafirmou que apesar da escolha da prefeita, a classe jornalística “se mostra viva, forte e atenta aos gestores que usam critérios aleatórios a detrimento da ética, valorização e profissionalismo”.

Leia a nota na íntegra

"Recebemos com surpresa e indignação a nova escolha da prefeita de Gurupi, Josi Nunes, em relação à pasta da Comunicação do município.

Sabemos que as nomeações são de livre escolha, porém sempre acreditando que o gestor se pautará na escolha por profissionais que venham a somar, principalmente quando o assunto é comunicação, transparência, o divulgar da administração. É lamentável pautar a escolha tão somente nas relações políticas e não profissionais.

O assombro é maior quando a gestora tem como fundamento básico do seu pilar de gestão, ser professora, ser filha de quem levou ao município de Gurupi a Educação Superior.

Esqueceu a gestora que no município que ela administra existe um curso de jornalismo, que formou centenas de profissionais, que acaba de tirar conceito 4, em avaliação recente do Conselho de Educação. Esqueceu que existem bons profissionais formados na área de comunicação no mercado, esqueceu de valorizar os profissionais que trilharam junto a sua caminhada na política.

Foi no mínimo injusta com a classe, mas essa mesma categoria desvalorizada numa canetada, se mostra viva, forte e atenta aos gestores que usam critérios aleatórios a detrimento da ética, valorização e profissionalismo."

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