Opinião

A fé evangélica virou balcão de negócio em Araguaína, afirma jornalista

Por Redação AF
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11/10/2016 18h45 - Atualizado há 5 anos
Alberto Rocha - Opinião Em barracas de feiras livres, vendem-se pombos, bananas, mandioca, fumo, alface, peixe até chicote. Infelizmente, nas igrejas também. Hoje o evangelho é a gosto do freguês. Foi-se o tempo em que a graça, a misericórdia, o arrependimento, a ressurreição tinham valor. Tudo isso foi varrido para traz de púlpitos mornos e corruptos conduzidos por líderes que mais parecem vendilhões do Templo ou com o profeta Balaão, que se rendem ao poder econômico ou político. Só para lembrar que o profeta Elias meteu o dedo na cara do rei Acabe e disse: “Tu és o responsável pela desgraça do povo de Israel”. João Batista foi degolado porque falou a verdade. Os apóstolos Paulo, Tiago e outros morreram à espada por causa do evangelho puro.  É desses homens que a igreja está precisando hoje, e não de mercenários, lobos vorazes, corruptos, bajuladores de poderosos. Mas o melhor mesmo é ignorar tudo, ou quem sabe, orar pelas autoridades, assim fica melhor, a  igreja aparece na mídia e se aproxima do poder. A igreja hoje só ama os que têm cargos, poder ou riquezas e faz  tudo pelo poder,  pois é lá que está o diamante, o ouro, os holofotes. Já os pobres e miseráveis ficam de fora à espera de um milagre divino. A igreja deve abrir as portas para orar por todos, inclusive pelo cara que vende banana na rua, pelo mecânico sujo de graxa, pelo servente de pedreiro e  o vendedor de picolé. Ah, mas isso é difícil, pois esse tipo de gente anda a pé ou de ônibus e tem a carteira vazia e nem atrai os holofotes da mídia. Igreja dos poderosos, corrupção da fé, onde ricos são tratados com privilégios. Isso não é igreja de um carpinteiro, não é igreja de um sujeito que entrou em Jerusalém em um burrinho. Isso não é igreja de um salvador que não tinha nem onde reclinar a cabeça. Igreja que se alia aos poderosos é um puxadinho do inferno. A igreja precisa sair das sombras do poder para a sustância da palavra genuína do evangelho, que é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Alberto Rocha é jornalista e teólogo 

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