A Gerentona ruiu

Por Redação AF
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22/07/2013 10h50 - Atualizado há 5 anos
<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">Dilma Rousseff foi eleita presidenta do Brasil exatamente pelo trabalho &agrave; frente do Minist&eacute;rio de Minas e Energias como uma gestora acima de qualquer suspeita e pela efici&ecirc;ncia t&eacute;cnica e administrativa.<br /> <br /> Eleita, a percep&ccedil;&atilde;o foi al&eacute;m: no primeiro ano de governo, a vassoura comeu solta. Quando surgia uma den&uacute;ncia, um ministro era fritado devidamente. A imagem de grande gestora se consolidou e a de durona, mais ainda. Os notici&aacute;rios davam conta de que n&atilde;o era raro ministros var&otilde;es sa&iacute;rem de suas reuni&otilde;es aos prantos. Numa alus&atilde;o a essa postura, ela chegou a ironizar que seria uma mulher viril cercada por homens d&oacute;ceis.<br /> <br /> Mas o senhor da raz&atilde;o &eacute; o tempo, j&aacute; dissera o presidente fil&oacute;sofo, atleta, garoto-propaganda de mensagens educativas, Fernando Collor de Mello. Eis que passados dois anos e meio de mandato, a &ldquo;rapadura&rdquo; virou &ldquo;melado&rdquo;.<br /> <br /> Em meio &agrave; onda de manifesta&ccedil;&otilde;es, toda a austeridade foi para o brejo. Come&ccedil;ou antes, ao trazer apadrinhados de alguns ministros demitidos por den&uacute;ncias de corrup&ccedil;&atilde;o para ocupar os lugares deles. Sua idoneidade administrativa fora mais uma jogada de marketing do seu principal (n&atilde;o) ministro, Jo&atilde;o Santana.<br /> <br /> No auge das manifesta&ccedil;&otilde;es, aturdida e sem saber o que fazer, a primeira medida da &ldquo;Dama de Ferro&rdquo; brasileira ou do primeiro poste pol&iacute;tico foi consultar o &ldquo;pai&rdquo; Lula.<br /> <br /> Como assim? Ela n&atilde;o fora eleita exatamente por sua capacidade de gerenciar e pela firmeza? Pois &eacute;, esses requisitos devem ter sido jogados no mesmo buraco no qual fincaram o poste. Os n&uacute;meros da sua gest&atilde;o j&aacute; s&atilde;o conhecidos, como infla&ccedil;&atilde;o alta, o &ldquo;pib&atilde;o&rdquo; mais &ldquo;pibinho&rdquo; do mundo, minist&eacute;rios a rodo, gastos com cria&ccedil;&atilde;o de tribunais e constru&ccedil;&atilde;o de est&aacute;dios e por a&iacute; vai.<br /> <br /> Mais do que demonstrar fraqueza, a presidenta herdou alguns h&aacute;bitos da administra&ccedil;&atilde;o anterior. A cada hora que surgem irregularidades na administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica, ela se manifesta como uma cidad&atilde; comum, como recentemente ficou indignada ao saber da farra com avi&otilde;es da For&ccedil;a A&eacute;rea Nacional - FAB. &ldquo;Isso n&atilde;o pode ficar assim&rdquo;, disse. Parecia que eram as primeiras viagens dos fanfarristas com o dinheiro da vi&uacute;va. Como sempre no Brasil, a presidenta s&oacute; ficou sabendo depois de a imprensa divulgar.<br /> <br /> Ora, ora, n&atilde;o precisa ser t&eacute;cnico em avia&ccedil;&atilde;o para saber que as despesas com essas aeronaves s&atilde;o alt&iacute;ssimas e que deveriam ser utilizadas em situa&ccedil;&otilde;es muito peculiares de emerg&ecirc;ncia para ajudar &agrave; popula&ccedil;&atilde;o, em algo que trouxesse benef&iacute;cios gerais, como na cat&aacute;strofe &ndash; natural da gest&atilde;o p&uacute;blica brasileira &ndash; de Petr&oacute;polis; talvez numa miss&atilde;o de m&eacute;dicos e agentes de sa&uacute;de volunt&aacute;rios na Amaz&ocirc;nia. Nunca para casamentos, partidas de futebol e outras miss&otilde;es de chefe de estado como as mencionadas. Leis, decretos, portarias, resolu&ccedil;&otilde;es, qualquer norma que desse amparo &agrave; utiliza&ccedil;&atilde;o para esses passeios seria inconstitucional, por n&atilde;o atender &agrave; finalidade p&uacute;blica.<br /> <br /> Por coer&ecirc;ncia, aviso que poste n&atilde;o anda. Portanto, que seu presidente de fato v&aacute; at&eacute; Bras&iacute;lia. N&atilde;o sou da imprensa, mas vou arriscar avisar-lhe que marqueteiro n&atilde;o funciona para manifestantes; e tamb&eacute;m dizer-lhe da minha decep&ccedil;&atilde;o por constatar que &eacute; f&aacute;cil ser &ldquo;dama de ferro&rdquo; apenas para os subalternos.<br /> Pedro Cardoso da Costa &ndash; Interlagos/SP<br /> &nbsp;&nbsp;&nbsp; Bacharel em direito</span></div>
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