Cuidado redobrado!

'A variante Delta é mais transmissível', diz médico infectologista ao explicar sintomas

Variante apresenta sintomas muito parecidos com os de uma gripe.

Por Redação 1.850
Comentários (0)

19/08/2021 16h51 - Atualizado há 2 anos
Use de máscara, mantenha o distanciamento social, a higiene das mãos e evite aglomeração

Identificada pela primeira vez na Índia, em outubro do ano passado, a variante Delta da Covid-19, já foi confirmada em mais de 120 países e 15 estados brasileiros, incluindo o Tocantins. O paciente tem 36 anos e foi atendido na Unidade de Saúde da 503 Norte, em Palmas, em julho deste ano. Ele teve apenas sintomas leves e já se recuperou.

O registro da variante, tida como de alta transmissibilidade, reforça o alerta de que as medidas de prevenção e a busca pela vacinação devem ser mantidas. Segundo o médico infectologista, Rafael Albuquerque, a variante apresenta sintomas muito parecidos com os de uma gripe, um resfriado, por isso a atenção deve ser redobrada.

“Tem sido menos relatada a perda do olfato e do paladar, mas no geral todas as variantes são parecidas com uma gripe. Algumas com sintomas mais exagerados, outras mais tranquilos, mas em geral apresenta tosse, secreção, dor de cabeça, dor de garganta e febre. Não muda muito do que é comum, nariz escorrendo, mal-estar, dor muscular, todas são bem parecidas com uma gripe”, explica o médico.

Veja mais

Quando deve ser feito o teste?

De acordo com o infectologista Rafael Albuquerque, a partir do terceiro dia de sintomas já se recomenda o teste RT-PCR, para confirmar ou descartar o diagnóstico da doença. “Em relação ao teste, continua sendo o RT-PCR, o mais indicado sempre para todas as variantes e não muda muito o período de teste, terceiro, quarto até o sétimo dia de doença”, confirma.

Quais variantes registradas no Tocantins? Como se proteger?

Até o momento, o Estado dispõe de 237 amostras sequenciadas, das quais 137 amostras, ou seja 57,80% dos genomas, são atribuídas à variante Gama (P.1) e uma foi identificada com a sequência genômica compatível com a variante Delta (B.1.617.2).

Para a prevenção contra a cepa original e contra todas as variantes, é necessário combinar as medidas não preventivas com a vacinação.

“A variante Delta é mais transmissível que a variante inicial, mas não se pode dizer que ela é mais letal. Ela mostrou uma letalidade menor que as outras variantes, talvez porque hoje temos mais pessoas vacinadas, o que consegue amenizar os sintomas e ter desfechos mais favoráveis. E as medidas de proteção para essa variante são as mesmas que adotamos para as outras: uso de máscara, distanciamento social, evitar aglomerações e manter a higiene das mãos”, pontua o infectologista.

Rafael Albuquerque acrescenta ainda que não há um fluxo especial de atendimento para pacientes infectados com a variante Delta. “O fluxo desse paciente no hospital vai ser o mesmo, não vai ter um fluxo especial para quem tem uma variante ou outra”, complementa.

Variante delta nos estados

Conforme o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, referente à Semana Epidemiológica 31, de 1° a 7 de agosto, até esta data, quinta-feira, 19, há registro de casos da variante delta nos seguintes estados: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Paraná. Nesses estados, o número é de 569 casos registrados.

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.