Projeto será desenvolvido por diretoria da UFT.
A procuradora Cecília Amália Cunha Santos, do Ministério Público do Trabalho em Araguaína, norte do Tocantins, promoveu a destinação de R$ 47.240,28 para aquisição de cestas básicas e produtos de higiene (água sanitária, sabonete líquido e álcool em gel) pelo período de três meses para comunidades tradicionais do Estado. O pedido foi deferido pelo juiz do Trabalho Daniel Izidoro Calabro Queiroga, da 2ª Vara do Trabalho de Palmas.
Serão atendidas 40 famílias no TI Krahô-Kanela; 250 famílias nas aldeias Santa Isabel, Fontoura, JK, Worebia, Watau, Uiwa, Werreria do povo Iny Karajá; 36 famílias da Comunidade Quilombola Lagoa da Pedra; 40 famílias da Associação de Pescadoras Artesanais de Miracema; e 46 famílias da comunidade quilombola Mumbuca, situada no município de Mateiros.
"Dentre os grupos mais sensíveis à crise provocada pela pandemia do coronavírus estão os que vivem em comunidades quilombolas ou indígenas, pois a subsistência de muitas destas comunidades vem da comercialização de produtos agrícolas, de artesanato e afins, que diante da atual situação estão impossibilitadas de realizar a venda destes produtos ou ainda adquirir alimentos nos comércios locais pela ausência de transporte”, avaliou a procuradora Cecília Santos.
O projeto será desenvolvido pela Diretoria de Assuntos Comunitários e Ações Afirmativas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), responsável por promover a orientação às famílias sobre as formas de contágio do covid-19.
“Compreendemos que o maior benefício é a possibilidade de reduzir a possibilidade de contágio, seja pela orientação, seja pela realização dos protocolos de higienização, bem como garantir às comunidades envolvidas alimentação no período de isolamento social, o que assegura a manutenção de alimentação adequada e contribui para o fortalecimento do sistema imunológico dos moradores das comunidades”, afirmou a professora Solange Aparecida do Nascimento.
Comunidades tradicionais no Tocantins
De acordo com a UFT, o Tocantins se caracteriza pela diversidade étnico-racial em seu território. O Estado congrega oito povos indígenas, 46 comunidades quilombolas, agricultores familiares e populações que se mantêm em modo de vida tradicional, como quebradeiras de coco, comunidades de fecho de pasto e do Parque Nacional do Jalapão.
Em grande parte dessas comunidades figura como principal atividade econômica a agricultura e pecuária de subsistência, na qual plantam o seu próprio alimento. São exemplos: arroz, feijão, mandioca, milho, hortaliças, suínos, galinha caipira e a produção da farinha de mandioca.
(Ascom MPT-DF/TO)