Imunização

Araguaína e Paraíso registram casos de pessoas que tomaram 3ª dose contra covid-19

Casos estão sendo apurados pelo Ministério Público.

Por Conteúdo AF Notícias 1.464
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02/08/2021 16h58 - Atualizado há 2 anos
Aplicação da 3ª dose ainda não está disponível no Brasil

Foram identificados no Tocantins pelo menos dois casos de pessoas que tomaram irregularmente três doses de vacinas contra a covid-19, sendo um em Paraíso e outro em Araguaína. As denúncias já estão sendo apuradas pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO).

Em Araguaína, uma médica teria recebido a terceira dose da Pfizer, após ter tomado duas da CoronaVac.

Segundo a denúncia, a profissional havia sido imunizada com a Coronavac nos dias 31 de janeiro e 22 de fevereiro, respectivamente, completando o clico. Contudo, em 14 de junho, a médica teria procurado um posto de vacinação e recebido uma dose do imunizante da Pfizer.

Já em Paraíso do Tocantins, um paciente também tomou irregularmente uma terceira dose da vacina. A situação só foi constatada pela equipe de Saúde no momento da inclusão dos dados no sistema.

Na semana passada, o Ministério Público do Tocantins (MPTO) promoveu inspeção nos seis municípios da comarca de Paraíso para verificar a execução do plano de vacinação contra Covid-19 e as condições de armazenamento da vacina.

Um relatório com o detalhamento da vistoria em cada município será elaborado e encaminhado à Promotoria de Justiça com atribuições na defesa da saúde, para as providências cabíveis, inclusive quanto ao paciente que tomou a 3ª dose. Porém, o MPTO ainda não informou se essas pessoas serão processadas na esfera cível ou criminal.

Ainda na Comarca de Paraíso, outras intercorrências e dificuldades foram encontradas, como caso de servidores públicos da Saúde e da Educação que não aceitaram a imunização; dificuldade na aplicação da 2ª dose porque parte dos usuários não retornam aos pontos de vacinação; insuficiência de vacinas para a imunização da população mais jovem (exceto em Paraíso) e disseminação de notícias falsas que levam parte da população a rejeitar a imunização ou a tentar escolher um tipo específico de vacina.

As vistorias foram realizadas por técnicos do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CaoSaúde) do Ministério Público, que já percorreram 24 cidades e inspecionaram também as centrais de distribuição de vacina do Estado e da capital.

“Com esta frente de trabalho, estamos buscando identificar os entraves do processo de vacinação, para enfrentá-los e conseguirmos fazer com que a imunização avance no Tocantins”, explicou a coordenadora do CaoSaúde, promotora de Justiça Araína Cesárea D’Alessandro.

NO BRASIL

Um estudo realizado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) encontrou registros de que ao menos 29.570 pessoas em todo o país receberam pelo menos três doses de vacina. A análise considerou dados abertos do Ministério da Saúde até 24 de junho.

NO MUNDO

A terceira dose da vacina  contra a Covid-19 já é realidade em diversos países como República Dominicana, Israel e Rússia, entre outros. 

Já nos Estados Unidos, a Pfizer informou que solicitará a aprovação de uma dose de reforço em agosto. A empresa publicou dados sugerindo que administrar uma terceira injeção aumenta "fortemente" a proteção contra a variante delta do coronavírus.

No Uruguai, o Ministério de Saúde Pública anunciou que todos os vacinados no país com as duas doses do imunizante CoronaVac poderão receber uma terceira injeção do fármaco produzido pela Pfizer.

A Hungria também anunciou a aplicação de uma terceira dose para todos os que foram vacinados há mais de quatro meses. O objetivo é reforçar a imunidade dos mais idosos e vulneráveis, principalmente com a disseminação da variante delta - que foi inicialmente identificada na Índia e é mais contagiosa.

No Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou na semana passada que a pasta encomendou um estudo para avaliar a necessidade de uma terceira dose em pessoas que receberam a Coronavac.

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