Três hospitais da cidade estão com 100% de lotação nas UTIs.
A Prefeitura de Araguaína não irá seguir a sugestão do governador Mauro Carlesse de conceder duas semanas de ponto facultativo a servidores públicos do Estado e dos 139 municípios, entre os dias 22 de março e 2 de abril (feriado de Semana Santa).
Com a medida, o Governo do Tocantins pretende reduzir a circulação de pessoas e, consequentemente, frear o avanço da covid-19. O Estado confirmou 60 mortes causadas pela doença apenas nos últimos três dias.
Contudo, o prefeito de Araguaína Wagner Rodrigues (SD) afirmou que a medida pode ter efeito totalmente contrário na cidade, em razão do grande número de chácaras de lazer. Desde o início da pandemia, as aglomerações e festas clandestinas em chácaras particulares têm sido um dos principais problemas enfrentados pelas equipes de fiscalização.
"A realidade de Araguaína é diferente de outros municípios (por causa da quantidade de locais de lazer). Se fizemos isso [decretar ponto facultativo] vamos é potencializar as aglomerações, e não reduzi-las. Apoiamos as medidas do Governo do Estado, compreendemos o esforço, mas essa sugestão não será eficaz em todos os municípios do Estado, especialmente em Araguaína", explicou Wagner Rodrigues ao AF Notícias.
SUPERLOTAÇÃO
Nesta sexta-feira (19), 100% dos leitos de UTI Covid estão lotados no Hospital Regional de Araguaína (16 leitos), Instituto Sinais (10) e Hospital Municipal de Campanha. Há só 1 vaga no Hospital Dom Orione, dos 15 leitos disponíveis. As informações estão no portal Integra Saúde.
Em entrevista ao AF Notícias, o prefeito Wagner anunciou uma megaoperação de combate à proliferação da covid-19 com fiscalização mais rígida para assegurar o cumprimento das medidas de segurança, desinfecção diária de vários locais com grande fluxo de pessoas e testagem em massa de trabalhadores.
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