Palmas

Bebê de 8 dias que estava engasgado é salvo por alunos do curso de formação de bombeiros

Ele teve as vias respiratórias obstruídas pelo leite enquanto amamentava.

Por Redação
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12/08/2022 21h00 - Atualizado há 1 ano
Os alunos Bringel e Umbuzeiro com os pais e a criança atendida

A família de um bebê de apenas 08 dias de vida passou um sufoco nesta semana, quando a criança engasgou durante a amamentação.

Era por volta das 22h50 de quarta-feira (10), momento em que Érica Martins Lima Paz, 30 anos, alimentava seu bebê, e percebeu que ele estava sem fôlego. No desespero, ela e o esposo André Jesus só tiveram tempo de lembrar que têm dois vizinhos que são alunos do Curso de Formação de Praças do Corpo de Bombeiros e os chamaram para a intervenção. E deu certo!

O casal e os dois alunos do Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins moram no mesmo condomínio, na 407 Sul, em Palmas. Graças a isso, a rápida resposta reanimou o bebê.

“É algo que acontece muito rápido. É um desespero enorme. Você está amamentando e a criança fica sem respirar, fica roxa”, relatou Érica. “Mas, graças a Deus, os bombeiros estavam aqui do lado e salvaram a vida do nosso filho. Somos gratos a eles. E se o nosso filho não seguir a carreira do pai [advogado], vai ser bombeiro”, brincou a mãe.

O advogado André Jesus Fachine Cunha não negou o desespero que tomou a todos no momento e agradeceu os militares pela prontidão no atendimento. “Eles atenderam na hora. Fizeram o procedimento bem feito e o bebê voltou a respirar novamente. Ele estava totalmente sufocado”, lembrou. 

Os dois alunos do curso foram aprovados no último concurso do Corpo de Bombeiros. Victor Bringel de Sousa, 22 anos, é do estado do Goiás, e Rafael Umbuzeiro Santos, 25 anos, é da Bahia. Ambos dividiram as ações no atendimento ao bebê. Enquanto Bringel acalmava o casal e chamava o socorro, Umbuzeiro fazia as manobras para desengasgo da criança. E ao final, todos puderam celebrar o resultado.

“É muito gratificante saber que a gente pode ajudar as pessoas”, disse Bringel. “Na aula teórica, a gente não tem essa percepção, mas ver isso na vida real deixa a gente feliz e motivado a continuar e fazer todos os cursos possíveis”, completou.

Para Umbuzeiro, o pedido de socorro o fez se lembrar de todas as aulas de Atendimento Pré-Hospitalar, com manobras de desengasgo. "Deus coloca a pessoa certa no lugar certo. A gente nunca espera por isso, mas me lembrei das manobras que aprendemos em sala de aula”, relatou. “Continuei até que o bebê colocasse o leite para fora. Isso me tranquilizou, pois vi que o trabalho estava dando certo”, frisou.

Caso foi em Palmas

Métodos

A tenente-coronel Andreya de Fátima Bueno, comandante Operacional do Corpo de Bombeiros, destacou que, diante de uma emergência como esta enfrentada pela família, o correto é que alguém faça as manobras e que também seja pedido socorro ao Corpo de Bombeiros Militar para as orientações imediatas.

"Não é difícil fazer a manobra. A gente tem que possibilitar que aquilo que está engasgando, desobstrua, seja expelido”, afirmou a comandante, explicando que existem dois modos que podem ser usados para tal situação.

“Um ocorre com o bebê ainda consciente, respondendo. A gente vira o bebê de bruços e dá cinco tapinhas nas costas dele, vira de frente e faz cinco compressões torácicas até ele chorar ou tossir, que são os indicativos da desobstrução. Se  isso não ocorrer, ele vai perder a consciência e a partir disso, a gente tenta com manobras de Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP)”, explicou.

Números 

Entre os meses de janeiro e julho desta ano, o Corpo de Bombeiros Militar atendeu 35 casos de desengasgo em todo o estado. O maior número foi em Palmas, com 11 chamadas. As demais foram em Araguatins, Araguaína e Paraíso com 05, Colinas com 03, Porto Nacional e Gurupi com 02 e Peixe e Dianópolis com 01 cada.

Já nos anos de 2020, foram 61 registrados e em 2021 um total de 51, totalizando 147 nos últimos 03 anos.

O detalhe é que o maior número de ocorrências se deu às 11h da manhã e entre 17h e 23h.

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