Saúde

Cateterismo cardíaco em criança é realizado pela 1ª vez em hospital público do Tocantins

Cirurgia tem alta taxa de eficiência e foi a 5ª realizada pelo SUS no Tocantins

Por Redação 658
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03/07/2020 08h17 - Atualizado há 3 anos
Procedimento evita envio de pacientes para atendimento fora do Tocantins

Foi realizado nesta quinta-feira (2) um procedimento inédito no Hospital Geral de Palmas (HGP), visando prestar atendimento mais amplo e eficiente às crianças e adolescentes com cardiopatias.

Este é o quinto procedimento cardíaco realizado desde junho nos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) do Estado do Tocantins. Os outros quatro foram realizados no Hospital Dom Orione, em Araguaína.

A técnica, menos invasiva e com alta taxa de eficiência, está sendo utilizada de acordo com a demanda do Estado e através da empresa Medplus.

O secretário da Saúde Edgar Tollini disse que “devido o Tocantins ainda não dispor de médicos que realiza esses procedimentos, os pacientes que sofriam com esses problemas cardíacos tinham que ser transferidos para outros estados. Assim, foi necessário contratar essa empresa para prestar esse atendimento específico aos cardiopatas do nosso Estado”.

O secretário informou ainda que os procedimentos serão realizados em recém-nascidos e adolescentes até 18 anos. “Pacientes com necessidade de cateterismo de urgência serão realizados em Palmas e Araguaína, dependendo do local em que estiver. Os procedimentos eletivos serão realizados no Hospital Dom Orione, em Araguaína, e no HGP, em Palmas, seguindo um fluxo feito pela SES e obedecendo a fila criada pela Central de Regulação do Estado”, destacou.

Segundo o diretor-geral do HGP, Leonardo Toledo, o cateterismo pediátrico realizado hoje é um procedimento inédito na unidade hospitalar. “É um marco importante na oferta de tratamentos no HGP, que se consolidou como mais uma unidade hospitalar de assistência em alta complexidade para cardiopatia congênita pediátrica e neonato. O projeto se deu a partir da contratação de uma empresa especializada na prestação do serviço, com a disponibilização de médicos especialistas em cardiologia intervencionista pediátrica e fornecimento de OPMEs [Órteses, Próteses e Materiais Especiais].”

Um dos médicos responsáveis por realizar os procedimentos é o cardiologista pediátrico e hemodinamicista especializado em cardiopatia congênita, Paulo Correia Calamita. “O procedimento realizado foi um cateterismo cardíaco em uma paciente de 11 anos, portadora de cardiopatia congênita denominada persistência do canal arterial, uma comunicação anômala entre a aorta e a artéria pulmonar, que em longo prazo sobrecarrega o pulmão e nos casos onde é pequeno, aumenta o risco de endocardite (infecção do coração)”, afirmou, acrescentando que “a paciente não apresentou intercorrências, e deve receber alta domiciliar em 24 horas”.

A mãe Jandira Bispo Barbosa Brandão está acompanhando a filha na cirurgia, e relata que a criança já nasceu com sopro no coração, mas que na época os médicos disseram que tinha fechado. “Desde os dois anos ela já começou a sentir dor no peito, mas demorou muito até ao diagnóstico preciso. Ela sentia muito cansaço, falta de ar, não podia correr, nem brincar como uma criança normal, quase não estudou no ano passado devido à dor no peito, e só após um exame de ecocardiograma que finalmente descobriu o que era. Me falaram que é um procedimento tranquilo e se Deus quiser amanhã já teremos alta”.

Procedimentos foi o quinto realizado pelo SUS no Tocantins

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