Araguaína

Centenas de pessoas participam de protesto contra criminalidade em Araguaína

Por Agnaldo Araujo
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20/07/2016 09h34 - Atualizado há 5 anos
Centenas de pessoas participaram da manifestação cobrando mais segurança no comércio e bairros de Araguaína (TO), na tarde da última terça-feira (19/07). A concentração foi por volta das 16h30, em frente à Loja Liliane, onde o gerente do estabelecimento, Adriano Inácio da Silva Monteiro, de 29 anos, foi assassinado com um tiro no peito. Na manifestação, a população ainda cobrou providências para conter a onda de homicídios em Araguaína. Só em 2016 já foi registrado 54 mortes. O comércio na Avenida Cônego João Lima, principal avenida da cidade, fechou as portas mais cedo. Funcionários e empresários participaram do protesto. O corpo de Adriano foi levado em cortejo à frente da multidão. No carro de som, representantes da família da vítima manifestaram dor e indignação com o crime. “Araguaína está pedindo socorro, não aguentamos mais! Nossas autoridades estão de braços cruzados”, disse uma vizinha de Adriano. A todo momento, os manifestantes clamavam por justiça e entoavam palavras de ordem. “A gente quer justiça para que isso não aconteça mais com ninguém”, pediu o irmão de Adriano. Após o cortejo seguir para o cemitério, os manifestantes fizeram uma caminhada pacífica pela Cônego João Lima até a Praça das Bandeiras. Lá, cidadãos tomaram a palavra e relataram suas experiências como vítimas da violência e permaneceram exigindo uma tomada de atitude das autoridades. A Associação Comercial e Industrial de Araguaína (Aciara) aderiu ao movimento e levou diretores e associados às ruas para reforçar as reivindicações por mais ações efetivas na segurança pública do Estado. “Cidadãos e empresários estão com medo de irem trabalhar. Chegamos ao limite, as pessoas não têm mais liberdade para fazer nada. E muito em breve sentiremos o impacto dessa situação na economia”, disse o presidente da Aciara, Márcio Parente. “A manifestação é um reflexo da nossa realidade. Precisamos que todas as esferas de governo envolvidas na segurança pública tomem atitudes imediatas e olhem com mais atenção para Araguaína”, informou a diretora da Aciara, Antônia Lopes. Foto: João Neto

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