Investigação

Chefe de gabinete de deputado recebia parte do salário de 'fantasmas', diz polícia

Dional Vieira de Sena foi preso pela Polícia Civil na Assembleia Legislativa juntamente com dois assessores do deputado.

Por Redação 1.808
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19/12/2018 16h17 - Atualizado há 5 anos
Delegados em entrevista

O chefe de gabinete do deputado estadual Valdemar Júnior (MDB) recebia mensalmente parte dos salários de servidores 'fantasmas' lotados na Assembleia Legislativa e repassava aos integrantes do núcleo criminoso, segundo apontou a investigação da Polícia Civil.

Dional Vieira de Sena foi preso pela Polícia Civil na Assembleia Legislativa juntamente com os assessores Dorismar José Benedito Júnior e Luciele Roquete Araujo, na manhã desta quarta-feira (19). Os telefones celulares dos investigados também foram apreendidos.

Essa foi mais uma fase da 'Operação Catarse', que investiga a existências de centenas de servidores fantasmas no Tocantins e desvio de recursos públicos.

Segundo a polícia, ainda não há confirmação de que o dinheiro estava sendo devolvido diretamente para algum parlamentar.  

O delegado Cassiano Oyama afirmou que uma denúncia anônima foi realizada sobre as irregularidades e também chegou até a delegacia um envelope sem identificação contendo informações referentes aos três presos.

A questão embrionária iniciou sobre a existência de funcionários fantasmas, mas a denúncia anônima que nos chegou foi que as pessoas que, além de serem funcionários fantasmas, tinham que devolver parte do salário que já era indevidamente recebido”, afirmou.

Segundo o delegado Gregory Almeida Alves do Monte, da Delegacia de Repressão a Crimes de Maior Potencial contra a Administração Pública (Dracma), uma força-tarefa foi instaurada para checar as informações após a denúncia.

Ele também disse que algumas testemunhas relataram que foram ameaçadas pelo chefe de gabinete e os assessores do deputado. “A informação foi confirmada de que as pessoas presas hoje estariam atrapalhando as investigações, inclusive intimidando as testemunhas, por isso representamos pela prisão preventiva dos envolvidos”, disse.

Ainda de acordo com o delegado Cassiano Oyama, as demais informações a respeito da operação seguem em segredo de Justiça. “Nenhuma investigação por enquanto aponta que houve devolução direta a parlamentar”, afirmou.

Conforme Gregory Almeida, os suspeitos presos “ficariam com uma mínima parcela dos salários e o restante seria devolvido aos integrantes deste núcleo”.

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