Palácio Araguaia

Chefe de gabinete do governador e assessora que sacou quase R$ 1 milhão são exonerados

Um dos empresários transferiu R$ 493 mil para a assessora em 6 meses.

Por Redação 1.543
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23/08/2024 09h41 - Atualizado há 6 horas
Governador Wanderlei Barbosa faz exonerações após operação da Polícia Federal

Notícias do Tocantins - O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) exonerou seu chefe de gabinete, Marcos Martins Camilo, e a assessora Layane de Sousa Silva um dia depois da operação que investiga suposta corrupção e recebimento de propina na compra de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19.

As exonerações foram publicadas no Diário Oficial do Estado nº 6639, desta quinta-feira (22/8). Na mesma publicação estão as exonerações de servidores comissionados citados na investigação.

Marcos Camilo não é citado na investigação, porém, a PF encontrou carimbos com nome dele junto com dinheiro em espécie apreendido no gabinete do governador, no Palácio Araguaia. O ato diz que a exoneração dele foi a pedido.

Os agentes encontraram R$ 32,2 mil em espécie no gabinete e centenas de boletos pagos em lotéricas, tanto em nome do governador, quanto de terceiros. Já na casa de Wanderlei a PF apreendeu R$ 35,5 mil, 80 euros e US$ 1,1 mil em espécie.

Assessora sacou quase R$ 1 milhão

Já Layane de Sousa Silva é uma das investigadas na operação e exercia cargo de secretária-geral na Secretaria Executiva da Governadoria, desde julho de 2022, função de confiança ligada diretamente ao governador, conforme a investigação.

A decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que autorizou a operação aponta que Lauane sacou, sozinha, quase R$ 1 milhão (R$ 916.333 em espécie). O salário do cargo que ela ocupava é de R$ 5.712,72.

O dinheiro recebido por Layane foi repassado por três pessoas diferentes, sendo dois empresários investigados no suposto esquema de fraude na distribuição de cestas básicas e que tiveram contratos milionários com o governo.

Um dos empresários transferiu R$ 493 mil para a assessora em um intervalo de seis meses, aponta a decisão.

“Em razão de sua proximidade com Wanderlei Barbosa Castro, há a suspeita de que tais valores sacados podem ter sido repassados a terceiros, ou até mesmo ao próprio governador”, diz a decisão do ministro Mauro Campbell.

A Polícia Federal não encontrou o dinheiro nem sabe qual foi sua destinação.

Na quarta-feira (21), a Polícia Federal cumpriu 42 mandados de busca e apreensão durante a operação Fames-19. Entre os alvos estavam o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), dois filhos dele e a primeira-dama do estado. 

Na decisão que determinou a operação, o ministro Mauro Campbell autorizou a apreensão de valores em espécie superior a R$ 10 mil sem comprovação de origem lícita, encontrados nos endereços de execução da busca domiciliar.

A polícia suspeita que houve direcionamento de licitações e que nem todas as cestas compradas pelo governo foram efetivamente entregues.

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