CPI aprova convocação de ex-contadora do doleiro e deputados vão à Polícia Federal em Brasília

Por Redação AF
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04/11/2014 15h35 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">A CPI do Igeprev aprovou na manh&atilde; desta ter&ccedil;a-feira, dia 4, a convoca&ccedil;&atilde;o de Meire Poza, ex-contadora do doleiro Alberto Youssef, indiciado pela Pol&iacute;cia Federal na Opera&ccedil;&atilde;o Lava Jato, que apura desvios na Petrobras.<br /> <br /> Apresentada pelo deputado Sargento Arag&atilde;o (PROS), a solicita&ccedil;&atilde;o pretende aprofundar o depoimento de Meire &agrave; CPI da Petrobras em Bras&iacute;lia. De acordo com o parlamentar, Meire teria mencionado o Instituto de Previd&ecirc;ncia do Tocantins nos relatos de desvios promovidos por Youssef.<br /> <br /> Na mesma reuni&atilde;o foi lido of&iacute;cio do secret&aacute;rio de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, Jos&eacute; Eli&uacute;, comunicando a substitui&ccedil;&atilde;o do delegado de pol&iacute;cia que assessorava a CPI, Jos&eacute; Evando de Amorim, pelo tamb&eacute;m delegado Alberto Carlos Rodrigues Cavalcante. Segundo Eli&uacute;, Jos&eacute; Evando recebeu aposentadoria volunt&aacute;ria, o que causou seu afastamento do apoio t&eacute;cnico &agrave; comiss&atilde;o de investiga&ccedil;&atilde;o.<br /> <br /> Mediante solicita&ccedil;&atilde;o aprovada em reuni&atilde;o anterior, uma visita da CPI &agrave; Pol&iacute;cia Federal foi agendada para as 15 horas da quinta-feira, dia 6. Os deputados Sargento Arag&atilde;o (PROS), Z&eacute; Roberto (PT) e Ricardo Ayres (PSD) ir&atilde;o at&eacute; Bras&iacute;lia para colher informa&ccedil;&otilde;es sobre envolvimentos de autoridades do Tocantins no desvio dos recursos do Igeprev.&nbsp;</span><br /> <br /> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Depoimento de Meire Poza: Igeprev</strong></u><br /> <br /> Em depoimento &agrave; CPI da Petrobras, no dia 8 de outubro, Meire Bonfim Poza afirmou ter sido procurada por um assessor do deputado C&acirc;ndido Vaccarezza (PT-SP), Jo&atilde;o Lima, para operar investimentos do Igeprev, instituto de previd&ecirc;ncia do governo de Tocantins. Segundo o que o assessor teria relatado &agrave; contadora, &ldquo;eles precisavam da comiss&atilde;o para pagar d&iacute;vida de campanha&rsquo;.<br /> <br /> Naquela ocasi&atilde;o, segundo Meire, n&atilde;o havia qualquer rela&ccedil;&atilde;o com os neg&oacute;cios de Youssef. Posteriormente &eacute; que houve um aporte de R$ 13 milh&otilde;es do Igeprev nas empresas do doleiro.&nbsp;<br /> <br /> &mdash; <em>N&atilde;o sei se Jo&atilde;o Lima pagou d&iacute;vida de campanha. O que sei &eacute; que esses mesmos personagens fizeram a opera&ccedil;&atilde;o dos R$ 13 milh&otilde;es do Igeprev. Como s&atilde;o os mesmos personagens, posso supor que o assessor de Vaccarezza tenha participado dessa intermedia&ccedil;&atilde;o entre o fundo de Youssef e o Igeprev</em> &mdash; afirmou Meire Poza<br /> <br /> A ex-contadora contou ainda que, em 2012, ela pedi para sair da GFD, empresa do doleiro, quando houve uma opera&ccedil;&atilde;o do Igeprev e soube que &quot;n&atilde;o era boa&quot;.<br /> <br /> - <em>Em 2011, o Assessor do Deputado C&acirc;ndido Vaccarezza me procurou e perguntou se eu tinha contatos com agentes aut&ocirc;nomos de investimento, e ele falou que teria algum espa&ccedil;o para fazer opera&ccedil;&atilde;o no Igeprev, no Tocantins, e se haveria algum agente aut&ocirc;nomo que tivesse algum fundo para colocar l&aacute;, porque eles precisavam da comiss&atilde;o para pagar a d&iacute;vida de campanha</em>, relatou Meire.<br /> <br /> E continuou: &quot;<em>Em mar&ccedil;o 2012, quando houve essa opera&ccedil;&atilde;o com o fundo, especificamente com o Igeprev, foi uma opera&ccedil;&atilde;o que me incomodou bastante. Naquela ocasi&atilde;o, eu tentei me desligar da GFD. Ai recebi um recado que era o seguinte: para eu ficar quietinha porque eu tinha uma filha para criar. Eu fiquei quietinha e continuei na GFD</em>&quot;, disse Poza.</span>
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