Deputado solicita informações sobre investimentos e perdas já contabilizadas no Igeprev

Por Redação AF
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03/06/2014 13h37 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;">Foi aprovado nesta ter&ccedil;a-feira, (3), em regime de urg&ecirc;ncia, requerimento do deputado Sargento Arag&atilde;o (PROS) que pede informa&ccedil;&otilde;es ao Instituto de Gest&atilde;o Previdenci&aacute;ria (Igeprev). No documento, o parlamentar solicita um relat&oacute;rio sobre investimentos do instituto, situa&ccedil;&atilde;o de aplica&ccedil;&otilde;es financeiras, origem e total de perdas j&aacute; contabilizadas, e evolu&ccedil;&atilde;o patrimonial da entidade.<br /> <br /> Para o deputado, o &ldquo;Parlamento deve se municiar de quanta informa&ccedil;&atilde;o puder a fim de dar clareza e celeridade aos seus trabalhos. N&atilde;o &eacute; mais tabu a situa&ccedil;&atilde;o do Igeprev, detalhadamente documentada em diversas e recentes auditorias do Minist&eacute;rio da Previd&ecirc;ncia Social (MPS). Certo &eacute; que, at&eacute; o momento, n&atilde;o se tem not&iacute;cia de nenhuma provid&ecirc;ncia saneadora para preservar o patrim&ocirc;nio p&uacute;blico e a seguran&ccedil;a do servidor tocantinense&rdquo;.<br /> <br /> <u><strong>Entenda</strong></u><br /> <br /> O &ldquo;desaparecimento&rdquo; de recursos do Igeprev veio &agrave; torna no bojo da Opera&ccedil;&atilde;o Miqueias da Pol&iacute;cia Federal que desbaratou um esquema de desvio de recursos p&uacute;blicos de fundos de pens&atilde;o dos Estados e de munic&iacute;pios.<br /> <br /> A opera&ccedil;&atilde;o derrubou pelo menos dois auxiliares do governo do Tocantins: o secret&aacute;rio de Esportes, deputado Eduardo Gomes (SDD), e o presidente do Igeprev, Rog&eacute;rio Vilas Boas Correia, suspeitos de participarem do esquema de desvio de recursos p&uacute;blicos.<br /> <br /> Vila Boas pediu exonera&ccedil;&atilde;o no dia 27 setembro do cargo que ocupava desde o dia 30 de janeiro de 2013. Vila Boas &eacute; suspeito de pertencer ao esquema do doleiro Fayed Trasboulsy, considerado o chefe da quadrilha. Gomes deixou o cargo no dia 11 de outubro conforme ato publicado no dia Di&aacute;rio Oficial do Estado desta data.<br /> <br /> Eduardo Gomes teve o seu nome citado 20 vezes em grava&ccedil;&otilde;es da Pol&iacute;cia Federal que investigou o caso durante 18 meses. Processo contra o deputado corre em segredo de justi&ccedil;a no Supremo Tribunal Federal, corte que tem a atribui&ccedil;&atilde;o de julgar autoridades.<br /> <br /> Integrantes da suposta organiza&ccedil;&atilde;o criminosa aliciavam prefeitos e gestores de regimes pr&oacute;prios de previd&ecirc;ncia social a investir em fundos de pens&atilde;o geridos pela quadrilha, o que caracterizava desvio de recursos. A opera&ccedil;&atilde;o desencadeada no dia 19 de setembro de 2013 cumpriu 27 mandados de pris&atilde;o e 75 busca e apreens&atilde;o no Distrito Federal e mais nove Estados.<br /> <br /> Conforme relat&oacute;rio de auditores do Minist&eacute;rio da Previ&not;d&ecirc;ncia Social, em agosto de 2012, o Igeprev j&aacute; possu&iacute;a aplica&ccedil;&otilde;es irregulares e ilegais em dez fundos, o que teria causado preju&iacute;zos de R$ 153,6 milh&otilde;es com o BVA (liquidado), R$ 143 milh&otilde;es no Diferencial (liquidado pelo BC) e R$ 46 milh&otilde;es no FIDC Trendbank, administrado pelo banco Cruzeiro do Sul (tamb&eacute;m liquidado). Este rombo est&aacute; estimado em R$ 300 milh&otilde;es.<br /> <br /> Atualmente, h&aacute; um d&eacute;ficit atuarial de R$ 13 bilh&otilde;es nos cofres do Instituto de Previd&ecirc;ncia Social do Estado do Tocantins (Igeprev) e a perspectiva &eacute; de que, a partir de 2018, o Instituto n&atilde;o tenha aporte financeiro para pagar os proventos de aposentadoria e pens&atilde;o aos servidores.</span>
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