O índice de correção salarial foi duramente criticado pela categoria. O Sintet quer 5,75%.
A rede estadual de ensino do Tocantins cogita entrar em greve no início de agosto. A medida afetaria cerca de 150 mil estudantes e foi avaliada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado (Sintet), em reunião realizada nesta quinta-feira (20), em Palmas, para discutir a proposta da data-base 2019 de 0,75% publicada pelo Governo.
Para a educação, a proposta é um 'desrespeito' aos trabalhadores. “Avaliamos a proposta da data-base como uma grande ofensa do Governo, um total desrespeito aos servidores públicos deste Estado. Não vamos aceitar barganha, queremos o que é nosso por direito”, disse o presidente do Sintet, José Roque Santiago.
O sindicato quer que o Governo conceda o índice da inflação do período, que é de 5,0747%. “É preciso que o Governo reponha a inflação, conforme estipulado em lei, se não vamos acabar pagando para trabalhar”, disse José Roque.
Conforme o sindicato, para um professor que ganha atualmente o piso salarial, o reajuste apresentado pelo governo não chega a R$ 20. Por outro lado, se o governo cumprisse a legislação vigente, aplicando a reposição da inflação, esse reajuste chegaria a quase R$ 150, o que representa em um ano numa perda salarial de quase R$ 1,5 e por professor na rede estadual.
“O Governo tem sim capacidade financeira para cumprir o reajuste anual, falta gestão e vontade de fazer”, concluiu o presidente. Na próxima semana o Sintet vai fazer um estudo técnico comprovando a capacidade financeira do Estado.
Na reunião desta quinta-feira, ficou encaminhado que a direção sindical vai convocar a categoria para discutir a proposta em assembleias regionais no início de agosto, podendo inclusive não voltar as aulas no período estipulado pelo calendário escolar.