Entrevista

Efetiva implantação da UFNT pode levar até 2 anos, explica diretor do campus em Araguaína

O funcionamento da UFNT depende da previsão de verbas na LOA 2020.

Por Agnaldo Araujo 1.749
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09/07/2019 15h30 - Atualizado há 4 anos
Campus que será da UFNT em Araguaína

A efetiva criação da Universidade Federal do Norte do Tocantins (UFNT) ainda tem um longo percurso pela frente que pode durar até 2 anos. O projeto de lei que cria a nova instituição foi sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira (8) após aprovação do Congresso Nacional, onde tramitava há anos.

A instituição será efetivada com o desmembramento dos campi da Universidade Federal do Tocantins (UFT) de Araguaína e Tocantinópolis.

Estruturar as duas unidades é um dos primeiros passos, conforme explicou em entrevista exclusiva ao AF Notícias o atual diretor do campus da UFT de Araguaína, professor Dr. José Manoel Sanches da Cruz.

A estruturação da reitoria em Araguaína e do campus em Tocantinópolis será iniciada somente após o Ministério da Educação (MEC) nomear reitor e vice-reitor provisórios, os chamados ‘pro tempore’. “Eles vão trabalhar na implantação das pró-reitorias, das diretorias e convocar a eleição para escolha do primeiro reitor e vice-reitor”, afirmou José Manoel.

Segundo o diretor, reitor e vice-reitor temporários ficarão em Araguaína e vão criar as condições para o efetivo funcionamento da universidade, cujo prazo máximo é de até dois anos.

Outro passo importante, segundo ele, é garantir recursos na Lei Orçamentária Anual (LOA 2020) do Governo Federal, que deve ser votada em agosto deste ano, para a nova instituição federal.

A banca federal do Tocantins pode contribuir positivamente nesse processo, conforme explicou José Manoel, com a destinação de emendas impositivas individuais e de bancada. “Estamos acreditando que os deputados e senadores vão garantir esses recursos”, disse na entrevista.

Sobre a construção dos campi da UFNT em Xambioá e Guaraí, o diretor ressaltou que isso só ocorrerá após a estruturação da reitoria em Araguaína e do campus em Tocantinópolis.

Vamos começar agora o diálogo com esses municípios para sabermos as disponibilidades e as condições que serão oferecidas para implantação dos novos campi”, afirmou José Manoel.

Além disso, também há a necessidade de realização de concurso público para suprir a demanda de pessoal decorrente da criação da UFNT. “Temos professores e técnicos nos dois campi, mas serão necessários novos profissionais”, pontuou.

Ao final da entrevista, José Manoel fez um agradecimento a todos que contribuíram para a criação da UFNT. “Quero agradecer a todas as bancadas da Câmara, do Senado, as prefeituras de Guaraí, Xambioá, Araguaína, Tocantinópolis, ao trabalho das comissões, dos professores, dos técnicos, dos acadêmicos e de todas as pessoas que nos apoiaram. Estamos muito felizes. A UFNT foi criada! A região norte do Estado entra no cenário das universidades brasileiras como mais uma alternativa de ascensão social e promoção humana”, comemorou.

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