Cuidado

Em 5 anos, Tocantins registra 3.170 casos de doença que causa cegueira em crianças

Cerca de 18 cidades apresentaram índice superior ao recomendado.

Por Redação 1.060
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28/01/2022 10h36 - Atualizado há 2 anos
Profissional da saúde coletando material em criança para fazer exames

No período de 2015 a 2019, foram examinadas 215.388 crianças no Tocantins e 3.170 desse total (1,47%) tiveram diagnóstico positivo para tracoma ocular, das quais 52,5% eram crianças com idade de 1 a 9 anos, de ambos os sexos. A maior prevalência registrada no período foi 4,6 e ocorreu em ano de 2016.

O tracoma é uma doença inflamatória dos olhos causada pela bactéria Chlamydia Trachomatis, que ocorre principalmente nas crianças. A doença tem cura, mas se o tratamento não for realizado, pode levar à cegueira. No domingo, dia 30, é o Dia Mundial das Doenças Negligenciadas, e o tracoma é uma delas. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a prevalência para alcançar a eliminação do tracoma - como problema de saúde pública - seja inferior a 5%, valor já alcançado pelo Tocantins. Assim, para que o Estado receba a certificação da eliminação do tracoma como problema de saúde pública, é necessário direcionar esforços aos municípios que ainda apresentam prevalência superior à recomendada.

No período avaliado foram encontradas prevalências acima de 5% em 18 municípios (Aurora, Barra do Ouro, Bom Jesus do Tocantins, Chapada da Natividade, Esperantina, Goiatins, Guaraí, Itacajá, Miracema, Miranorte, Natividade, Novo Alegre, Pequizeiro, Ponte Alta do Bom Jesus, Sampaio, Santa Rosa, Santa Terezinha do Tocantins, Tocantínia), contudo, observou-se a redução do número de municípios com prevalência acima de 5%, passado de oito municípios em 2015 para apenas um em 2019.

Para os anos de 2020 e 2021 não foi possível realizar uma análise fidedigna dos dados, pois os inquéritos são realizados em alunos em período letivo, o qual foi afetado durante a pandemia.

Contaminação

A contaminação ocorre por meio do contato com a secreção dos olhos de uma pessoa com o tracoma, diretamente de pessoa para pessoa, de objetos contaminados como lápis, borracha, caneta, roupas de cama, lençóis, toalhas de banho, principalmente em ambientes coletivos como escolas e creches.

“Muitos casos são assintomáticos, mas podem ocorrer vermelhidão e irritação nos olhos, como se estivesse areia, intolerância à luz ou olhos lacrimejantes e com secreção”, explica o assessor técnico, Marco Aurélio.

Prevenção

Para prevenir a doença é importante não usar toalhas ou lenços de outras pessoas e lavar as mãos e o rosto, com água e sabão, várias vezes ao dia.
O saneamento básico e o acesso à água potável, além do destino adequado do lixo, são medidas muito importantes para evitar o tracoma.

Cuidados com a visão

O olho humano é um órgão delicado, por isso oriente as crianças a não brincar com fogos de artifícios, produtos químicos e inflamáveis. E em caso de líquido leitoso das plantas e produtos químicos, lave imediatamente os olhos.

Evite olhar diretamente para o sol e também luz muito intensa ou muito fraca quando estiver estudando e trabalhando. Não utilize colírios e pomadas oftalmológicas sem prescrição médica.

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