<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;">MATEIROS (TO) - A lavradora Lucineide Francisca dos Santos, 44 anos, vive numa situação de extrema miséria juntamente com o marido e mais seis filhos numa pequena área na localidade conhecida como Galhão, na zona rural do município de Mateiros.<br /> <br /> No local sobra esperança, mas falta comida no prato. A moradia para abrigar a família na verdade são pequenos cômodos feitos de adobe e palha, sem nenhuma ventilação, higiene, água tratada. O fornecimento de energia rural até chegou ao local, mas foi cortado por falta de dinheiro para pagamento da conta. O marido de Lucineide sequer possui documentos pessoais e com isso enfrenta várias dificuldades.<br /> <br /> As crianças convivem com sujeira e fome e tentam driblar a situação brincando com restos de materiais e com os animais de estimação ou da pequena criação que possuem. Os mais novos frequentam a escola que fica nas proximidades; já os mais velhos, que estão acima de sexta série do ensino fundamental, estudam na cidade de Mateiros, mas só vão à escola quando conseguem uma carona. Na localidade, distante 36 quilômetros da sede da cidade, não há transporte escolar regular.<br /> <br /> A situação foi presenciada pela equipe do Núcleo da Defensoria Pública Agrária – DPAGRA, que até esta sexta-feira, 13, estará visitando 11 comunidades da região de Mateiros. O grupo é formado pelos defensores públicos Arthur Luiz Pádua Marques, Franciana Di Fátima Cardoso, Hud Ribeiro, Psicólogos, Assistente Social, Assistentes e Analistas Jurídicos.<br /> <br /> Diante da situação encontrada, o poder municipal será oficiado pela Defensoria Pública, cuja intenção é que essa família, a exemplo de outras, tenha os direitos assegurados para viver com dignidade, com um futuro melhor.</span></div>