"Não vamos permitir esse clima de insegurança jurídica no campo", garantiu.
Representantes do agronegócio tocantinense cobraram ações do Governo do Estado para coibir a onda de invasões de terra que iniciou no Brasil e já teve ramificações no Tocantins. O presidente da FAET, Paulo Carneiro, e membros da diretoria da entidade participaram da reunião realizada na Secretaria da Agricultura (Seagro).
Conforme a Faet, só neste ano já ocorreram tentativas de invasão de fazendas produtivas em Caseara e uma área urbana em Santa Tereza. Em Esperantina, supostos membros de um acampamento de Sem Terras ameaçaram expandir a área invadindo outras propriedades. Na reunião, o Governo do Tocantins garantiu à FAET e a outras entidades rurais presentes que o Estado não vai tolerar esse clima de insegurança no campo.
"A segurança jurídica no Estado é a nossa preocupação. Não permitiremos invasões de terras no nosso território, queremos que os empreendedores que escolhem o nosso Estado para os seus investimentos tenham essa segurança. Peço ao Poder Judiciário e aos órgãos de controle que nos ajudem nessa missão. Não podemos permitir o retrocesso, queremos um Estado seguro, crescendo e que a população tenha a oportunidade de emprego”, afirmou o governador.
Para o presidente da FAET, o momento exige ação efetiva: “os produtores vivem um clima de tensão e isso prejudica nossas atividades, por isso precisamos agir juntos”, destacou.
Em ofício ao governo, Paulo Carneiro sugeriu a criação de um canal de comunicação entre o campo e as forças de segurança, e também ofereceu espaço nos parques de exposições dos Sindicatos Rurais para a construção de pontos de apoio para as patrulhas rurais. O governador se prontificou a facilitar esse contato e até disponibilizar ferramentas tecnológicas para agilizar o acionamento das policiais em situações emergenciais.
O Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel Márcio Barbosa, informou que 130 policiais estão sendo treinados para atuar nas 23 patrulhas rurais que vão fazer rondas em várias regiões do estado.
O secretário de Segurança Pública, Wlademir Costa, destacou a ação da Delegacia de Combate aos Crimes Rurais (Deleagro), que identificou uma organização criminosa que migrou dos assaltos a banco para crimes na zona rural. “A insegurança no campo também é fruto dos roubos nas propriedades rurais. Nossas ações já recuperaram máquinas no Mato Grosso, defensivos agrícolas e até rebanhos em outras unidades da federação”.
O presidente da Aprosoja, Dari Fonza, elogiou a postura do governador. “Essa iniciativa do governador é necessária. No Brasil inteiro estão ocorrendo movimentos de invasões de terras. É um problema sério que acaba afugentando investidores. Em nosso Estado, que está em franca expansão, essa segurança que o Governo está nos passando é muito importante”, ressaltou.
Na reunião na Seagro, também foram tratados assuntos como a redução do ICMS sobre o rebanho bovino e as exposições agropecuárias. Além da diretoria da FAET, estiveram presentes na reunião membros das diretorias da Coapa (Cooperativa Agroindustrial do Tocantins), Frísia, Associação de Desenvolvimento Sustentável do Tocantins (Adest), Aprosoja e da Organização das Cooperativas do Tocantins (OCB/TO).