<div style="text-align: justify;"> <span style="font-size:14px;"><u><strong>Da Redação</strong></u><br /> <br /> Desde 12 de julho do ano passado a Câmara Municipal de Araguaína está funcionando em local improvisado, na sede da Prefeitura Municipal de Araguaína. A mudança ocorreu em virtude das obras de reforma e ampliação que estão sendo realizadas no Prédio, necessárias para abrigar os 17 vereadores de Araguaína, 6 a mais em relação ao pleito anterior.<br /> <br /> O contrato inicial da prestação de serviços previa um investimento de R$1.196.951,88 e prazo para conclusão das obras em 150 dias, finalizando em 31 de dezembro. No entanto, uma novela se perfaz com atrasos, aditivos contratuais que causa revolta à população e indignação aos próprios vereadores que cobram agilidade na conclusão da obra.<br /> <br /> <u><strong>Aditivos</strong></u><br /> <br /> Além de não cumprir o prazo estabelecido, a empresa responsável, MVL Construtora Ltda, já havia fechado outro contrato no valor de R$ 420.392,46 para continuidade das obras com nova previsão de entrega, 30 de março. No entanto, mesmo já tendo recebido um valor 35,12% a mais que o inicial, a empresa paralisou recentemente as obras e agora exige mais R$ 169.943,99 para conclusão da reforma e ampliação. Caso o aditivo seja concedido, o contrato inicial será acrescido de R$ 590.336,45, ou seja, 49,31% a mais que a previsão inicial de gastos feita pelo ex-presidente Elenil da Penha.<br /> <br /> <u><strong>Sem acessibilidade</strong></u><br /> <br /> A demora na conclusão da obra prejudica também pedestres e motoristas devido aos transtornos causados em razão do armazenamento de materiais e obstrução das calçadas, ferindo inclusive o Código de Posturas do Município. Não bastassem esses fatores negativos, a ampliação do prédio não incluiu mecanismos que garanta acessibilidade, principalmente aos cadeirantes. <br /> <br /> <strong><u>As cobranças</u></strong><br /> <br /> O vereador Rosewelt Cormineiro (PSDB), que também é integrante da Comissão de Fiscalização da Obra, disse que o transtorno atinge todos os 17 vereadores, além dos funcionários da Câmara que não tem um local adequado para trabalhar. <em>“Nós vereadores não temos um local para atender a comunidade de Araguaína. É um constrangimento quando as pessoas perguntam onde é o gabinete e ficam sabendo que não há gabinete. Como pode acontecer uma coisa dessas na cidade mais importante economicamente do Estado?”</em>, questiona.<br /> <br /> O parlamentar ainda criticou a demora e solicitação de mais um aditivo por parte da empresa para conclusão da obra. <em>“Estamos aguardando essa conclusão que deveria ter ocorrido em 31 de dezembro, mas até o momento não tem uma data para término da obra que atualmente está paralisada. É um absurdo!”</em>, desabafou Rosewelt.<br /> <br /> <u><strong>Explicações</strong></u><br /> <br /> Conforme a Assessoria da Câmara, a responsabilidade pela obra é do Poder Executivo. Já a prefeitura disse que está apurando os problemas que motivaram os atrasos e os responsáveis que deram causa. Ninguém se manifestou sobre o aumento no valor da obra.</span></div>