Irregularidades no HGP

Empresa responsável por UTIs pode perder contrato se não solucionar problemas, afirma promotor

Afirmação foi feita em audiência no Ministério Público com representantes da Saúde.

Por Redação
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19/06/2024 15h25 - Atualizado há 3 semanas
2 ª audiência ocorrida na 19ª Promotoria de Justiça do MPE-TO

Notícias do Tocantins - A empresa Neovidans pode perder o contrato de gestão das UTIs do Hospital Geral de Palmas (HGP) se não sanar as irregularidades constatadas pelos fiscais do Conselho Regional de Enfermagem do Tocantins (Coren-TO).

“Vamos ter outra audiência no dia 25 para ver o que foi sanado e o que faltará. Caso contrário, a empresa vai perder a terceirização das UTIs adulta e pediátrica do HGP. Vamos aguardar uma semana”, afirmou o Promotor de Justiça Thiago Ribeiro Franco Vilela.

Esta foi a segunda audiência ocorrida na 19ª Promotoria de Justiça do MPTO após denúncias feitas pelo Coren-TO sobre as diversas irregularidades encontradas nas Unidades de Terapia Intensiva do HGP, que são administradas pela Neovidans, empresa contratada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO).  

De acordo com os relatórios de fiscalização, faltam medicamentos e insumos para os pacientes e EPIs aos trabalhadores. Há indícios de reutilização de seringas descartáveis no mesmo paciente, o que infringe a legislação sanitária em vigor e aumenta o risco de contaminação.

Ainda conforme a fiscalização, a quantidade de profissionais de enfermagem é insuficiente para atender a demanda nas UTIs, resultando em sobrecarga de trabalho. Os alojamentos apresentam condições inadequadas, assim como o período de repouso é insuficiente. Além disso, a empresa Neovidans não está pagando o piso salarial aos profissionais de enfermagem.

Os representantes da SES-TO que participaram da audiência alegaram que a empresa será notificada mais uma vez sobre os problemas constatadas pelo Coren-TO e que também farão uma inspeção nos locais para checar os problemas.

Além do procedimento que está sendo realizado pelo MPE-TO, o conselho também ajuizou uma Ação Civil Pública na Justiça Federal para que todas as medidas judiciais cabíveis sejam tomadas para resolver os graves problemas apontados pela fiscalização no HGP.

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