As empresas da capital estão de portas fechadas há mais de dois meses.
Representantes de entidades ligadas ao comércio e turismo de Palmas foram recebidos nesta segunda (25) pelo secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Tom Lyra, para tratar sobre a elaboração de um plano de retomada das atividades de forma gradativa e a redução de tributos que estão inviabilizando a sobrevivência das empresas.
Participaram da reunião Marcelo Perim, do Convention & Visitors Bureau de Palmas, Ilza Correia, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-TO), Ana Paula Setti, da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih-TO), Marcelo Constantino, da Associação dos Profissionais de Turismo do Estado do Tocantins (Aprotur), João Marcelo Sanches, e da Câmara de Dirigentes Lojistas de Palmas (CDL), Silvano Portilho. Os empresários relataram a grave situação em que se encontram as empresas da Capital.
Segundo eles, comércio e turismo já deram suas contribuições e não há mais condições de manter esta paralização.
De acordo com o presidente da CDL, somente em Palmas há 5.500 empresas fechadas e todas já foram obrigadas a demitir colaboradores, impactando 40% das famílias, sendo a região de Taquaralto a mais prejudicada. “Nossas pesquisas apontam que 80% dos palmenses quer a reabertura do comércio”, garante Silvano Portilho.
Por outro lado, os empresários reclamam que, mesmo com a pandemia do coronavírus e o impedimento de funcionamento, todos os tributos estão sendo cobrados normalmente, como o ICMS da energia elétrica e a taxa de esgoto.
“A partir do momento que estamos parados não tem arrecadação e os impostos também precisam ser reduzidos”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Agentes de Viagens (Abav-TO), Marcelo Perim, defendendo que é preciso discutir essa cobrança, assim como um plano de retomada com data definida. “Sem funcionamento, empresários e funcionários não têm seu ganha pão”, reitera.
“O que precisamos neste momento é o equilíbrio entre a saúde das pessoas e a saúde financeira das empresas. Nós estamos mostrando que o comércio está pronto para reabrir o quanto antes, o ideal seria no início de junho, quando estaremos recebendo funcionários que estavam em suspensão de contrato”, lamenta Silvano Portilho.
“É muito importante que os governos estadual e municipal escutem a classe, a solução que nós buscamos é que haja uma abertura gradual e bem consciente, ou não teremos mais como reverter a situação de colapso”, completa o presidente da CDL.
Tom Lyra explicou que esta é uma situação que preocupa o governador Mauro Carlesse. Segundo ele, diversos setores da economia, em especial o turismo, já foram convidados a colaborarem com propostas para a elaboração de um plano de retomada.
“Temos que atuar de forma consciente, atendendo protocolos de segurança, mas também garantindo a sobrevivência econômica”, disse, comprometendo-se ainda em levar a demanda de distribuição de cestas básicas para pescadores, guias de turismo, barqueiros e garçons ao governador.
Uma nova reunião está marcada para esta terça (26), às 9 horas, com a presença de mais entidades, como a Associação Comercial e Industrial de Palmas (Acipa), Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Tocantins (Fecomércio Tocantins), além das empresas BRK Ambiental e Energisa.