União Brasil

Ex-secretária de Carlesse, Adriana Aguiar fica sem legenda para concorrer a deputada federal

Em carta, a ex-secretária comentou a decisão do partido e fez um desabafo.

Por Redação 873
Comentários (0)

09/08/2022 09h36 - Atualizado há 1 ano
Adriana Aguiar era secretária da Educação na gestão de Mauro Carlesse

A ex-secretária estadual da Educação, Adriana Aguiar, não conseguiu legenda no União Brasil (UB) para concorrer a uma vaga de deputada federal nas eleições 2022. O partido comandado pela Professora Dorinha rejeitou o nome da ex-secretária por ela ser do grupo político do ex-governador Mauro Carlesse (Agir), que é candidato a senador.

Em carta, Adriana disse estar triste, indgnada e frustrada, não só por ter sido excluída da disputa, mas em razão de ter sido convidada em março deste ano pela própria Dorinha.

Adriana Aguiar finaliza a carta citando uma frase de Leonel Brizola: "a política ama a traição, mas abomina o traidor."

Carta aberta à população tocantinense

A mensagem hoje não é a que queríamos falar, mas é preciso que seja dita. Hoje quero falar diretamente aos meus amigos, à minha família e a todos os que nos apoiaram e incentivaram durante a nossa pré-candidatura.

Com muita tristeza e indignação, recebemos o comunicado do Partido União Brasil, de que não teríamos legenda para concorrer às eleições deste ano para a Câmara Federal. 

O sentimento de frustração só não é maior que a indignação por estarmos fora da corrida. Ainda em março, fui convidada pessoalmente pela presidente do partido e candidata ao Senado Professora Dorinha quando da sua visita ao meu escritório.

O convite foi para que eu permanecesse no União Brasil para ser candidata a Deputada Federal pelo partido. Aceitei. Aceitei, principalmente, por acreditar que o partido valorizava a mulher. Aceitei, pois fui convidada por uma professora, uma mulher que assim como eu, defende a bandeira da educação e sabe como é árdua a nossa luta. Aceitei porque, para além de desejos políticos, recebi um convite feito olho no olho, e acreditei nas boas intenções daquelas pessoas. 

Continuei então a nossa caminhada em todos os cantos do Tocantins, levando a bandeira da educação, da mulher, do empreendedorismo e outras tantas. Conversei com grupos, lideranças, e pessoas para a construção de um projeto sustentável e transparente para o nosso estado.

Mas nem todo o esforço que fizemos, nem todo o apoio que recebemos e nem a promessa que me fora feita, foram suficientes para que a nossa candidatura fosse confirmada. Uma decisão que tirou de mim o direito de ter o nome apreciado, nas urnas, pela população tocantinense. 

Vale aqui ressaltar que eu já era filiada ao então PSL antes da fusão com o DEM. Nesse período, recebi convites de vários outros partidos que me garantiram legenda, apoio e confiança no nosso projeto. Partidos aos quais agradeço muito. Recusei porque traição não é uma palavra que existe na minha vida e na minha história.

Seriedade e compromisso são características que carrego na minha essência, e quem me conhece sabe disso. Por isso, estou aqui hoje para me dirigir à todos aqueles que olhei no olho, apertei a mão, dialoguei e fiz compromisso de uma caminhada séria em prol do nosso Tocantins.

Não daremos continuidade agora ao nosso projeto rumo à Câmara Federal por uma decisão do partido.

Continuaremos firmes na nossa caminhada com nossos valores, fiel aos nossos princípios e preparada para seguir a minha trajetória. Termino citando Leonel Brizola, que no auge de sua sabedoria nos mostrou que “a política ama a traição, mas abomina o traidor.”

Palmas-TO, 5 de agosto de 2022.

Comentários (0)

Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

(63) 3415-2769
Copyright © 2011 - 2024 AF. Todos os direitos reservados.