<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> O governador Marcelo Miranda fechou, nesta quinta-feira (5), acordo para aumentar os repasses à Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas do Estado. O percentual subirá quase 50%, passando de 6,48% para 10,5% da Lei Orçamentária de 2015.<br /> <br /> Conforme o secretário estadual do Planejamento, David Torres, o acréscimo visa subsidiar suplementações orçamentárias aos órgãos e poderes públicos a partir de setembro, de modo a garantir o pagamento das folhas de pessoal.<br /> <br /> Segundo o Procurador-Geral de Justiça (PGJ), Clenan Renaut de Melo Pereira, que representou o Ministério Público, o orçamento inicial destinado à Instituição foi considerado insuficiente e tornaria impraticável a manutenção das atividades durante o ano de 2015. Ainda conforme o PGJ, esse “quantum” ainda não supre por completo as necessidades do MPE, bem como dos outros poderes. <em>“Porém, o Executivo, numa atitude de cordialidade, se comprometeu, caso haja necessidade durante o ano, de realizar suplementações”</em>, disse o Procurador. Os órgãos queriam 13%.<br /> <br /> <u><strong>Sindicato reclama: “Não é momento de ceder a pressões”</strong></u><br /> <br /> Se por um lado o governador foi "cordial" em discutir o percentual com os demais órgãos e poderes, por outro, Miranda diz que “não é momento de ceder a pressões”, fazendo clara referência à greve da Polícia civil, deflagrada no dia 25 de fevereiro. <em>“Enquanto isso, o Estado segue sem negociar e sem apresentar uma proposta concreta aos policiais civis, que tiveram uma conquista consolidada com mais de oito anos de luta suspensas por um decreto do próprio governador”</em>, disse o Sinpol.<br /> <br /> <em>“Até agora, o governo não apresentou proposta para o nosso alinhamento. O governador diz em público que não cederá a pressões, mas fecha acordo para aumentar os repasses a órgão e instituições em muitos milhões de reais. Está havendo uma desconsideração com esses mais de 1,3 mil policiais civis que arriscam, diariamente, a vida para defender a população”</em>, afirmou presidente do Sindicato dos Policiais Civis, Moisemar Marinho.<br /> <br /> O líder sindical lembra, ainda, que a parcela de 2015 prevista para o alinhamento salarial das carreiras corresponde a apenas 1% da folha salarial do Executivo Estadual.<br /> <br /> Além disso, o Sindicato destaca que montante, já considerando os encargos sociais que serão pagos pelo governo, representa apenas 21% do que o Estado vai gastar para pagar mensalmente os mais de 4,7 mil cargos comissionados.<br /> <br /> Nesta semana, o governo ainda começou a gastar com a veiculação de um discurso institucional do governador, em virtude dos seus 60 dias de gestão.<br /> <br /> <em>“Nós não estamos lutando por benefícios. Nós estamos lutando para manter a nossa conquista que foi surrupiada. Os policiais, depois de oito anos de negociação, aceitaram receber o alinhamento em quatro parcelas (2015-2016-2017-2018) e mesmo assim não houve consideração com a nossa classe, que viu seu sonho arrancado por um decreto”, </em>ponderou Moisemar Marinho.</span>