O sindicato disse que irá protocolar ação judicial contra o Estado.
O Sindicato dos Médicos no Tocantins (Simed-TO) afirmou que o Governo do Estado cortou os salários de médicos que se afastaram da linha de frente dos hospitais por estarem no grupo de risco para Covid-19. Um ofício já foi protocolado na Secretaria Estadual da Saúde (SES) cobrando explicações.
O sindicato disse que recebeu inúmeras reclamações dos médicos nestas condições, que tiveram os salários cortados na última folha de pagamento.
Conforme o Simed, a situação causou transtornos de elevada preocupação por se tratar de verba alimentar e pediu explicações ao gestor da Saúde na condição de representante da classe médica para evitar inúmeros pedidos de explicações individuais e facilitar a solução administrativa.
O sindicato está orientando que os médicos procurem o departamento de recursos humanos dos hospitais e peçam os relatórios de atendimento do sistema de informação da unidade. Em seguida, preencham o formulário de RD (Requerimentos Diversos) solicitando a desconsideração das faltas referentes ao mês de dezembro de 2020, com cópia do efetivo labor dos dias trabalhados adotado pela equipe, e enviem para o e-mail da direção do hospital.
Essa mesma documentação também deve ser apresentada ao Sindicato dos Médicos para embasar as medidas a serem adotadas pelo jurídico da entidade.
Com esses documentos, o Simed disse que irá protocolar a ação judicial adequada, caso o Estado ainda não tenha resolvido o problema de forma administrativa.
O que diz a SES
"A Secretaria de Estado da Saúde (SES) esclarece que os descontos nos salários dos profissionais de saúde foi efetivado com base na auditoria realizada pela Superintendência de Gestão Profissional e Educação da Saúde (SGPES).
A SES informa, ainda, que está respondendo todas as notificações dos servidores, explicando os motivos da suspensão dos salários, orientando-os a comprovar o efetivo labor em home-office. Esclarecemos que, caso algum servidor comprove o efetivo labor, a documentação deverá ser enviada ao setor de recursos humanos, que procederá a regularização dos salários".