Problema Nacional

Hospitais enfrentam dificuldades para contratação de médicos pediatras no Tocantins

Mesmo com o valor de plantão melhor, unidades têm dificuldades em atrair profissionais.

Por Redação 705
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07/05/2022 09h06 - Atualizado há 2 anos
Durante os primeiros 45 dias de funcionamento, o PAI realizou 5.632 atendimentos.

O Hospital Municipal Dr. Eduardo Medrado (HMA) e o Pronto Atendimento Infantil de Araguaína (PAI) vêm apresentando dificuldades em contratar médicos pediatras. A pediatria exige um atendimento especializado, constante, consultas mais demoradas e trabalho junto aos pais.

O problema que tem sido recorrente no país, é ainda mais grave na região Norte que concentra apenas 4% de especialistas na área. Uma realidade nacional que tem causado angústia em pais e mães pela dificuldade em conseguir atendimento para os filhos pequenos.

Com o aumento de casos de doenças respiratórias e sazonais, unidades de saúde e hospitais tem apresentado uma alta demanda pediátrica e ligado o alerta para a falta de médicos pediatras.

No Tocantins, a situação passa por agravantes, já que dados da SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria revelam que existe uma má distribuição dos pediatras no Brasil. Pelos números, mais da metade dos pediatras (55%) está instalado na Regiões Sudeste. Bem distante, vem o Nordeste (16,2%); mesmo percentual no Sul; 8,6% no Centro-Oeste e apenas 4% no Norte.

Números

Inaugurado em 15 de março, somente durante os primeiros 45 dias de funcionamento, o PAI realizou 5.632 atendimentos. Em média, foram admitidos cerca de 120 pacientes por dia na unidade. Quanto as internações no HMA, em comparação com a média mensal do ano de 2021, o primeiro trimestre de 2022 já superou em mais de 40%.

De acordo com o superintendente técnico do ISAC – Instituto Saúde e Cidadania, que gerencia as unidades no Tocantins, o médico José Maria Filho, a implantação dos novos equipamentos de assistência pediátrica pela gestão municipal de Araguaína para ampliação do acesso ao acolhimento infantil, requer um esforço ainda maior para manter o quadro médico consistido nas unidades.

“Mesmo com a proposta de oferecer um valor de plantão melhor dos que os praticados no mercado local, ainda assim encontramos dificuldade de atrair novos profissionais em Pediatria. Hoje, tem sido um desafio fechar os plantões. Mas o problema não parece ser exclusivo no Tocantins, o cenário preocupante da falta de médicos com esta especialidade vem aumentando em todo o país”, ressalta José Maria Filho.

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