Crise em Araguaína

ISAC corta 42% do atendimento na UPA, 80% das consultas no HMA e suspende cirurgias

O ISAC é responsável pelo Hospital Municipal de Araguaína (HMA), UPA e Ambulatório.

Por Redação 1.962
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03/12/2018 14h43 - Atualizado há 5 anos
UPA de Araguaína

O Instituto Saúde e Cidadania (ISAC) anunciou medidas drásticas de contingenciamento de custos em razão da falta de repasses dos recursos públicos em Araguaína e centenas de pacientes serão afetados.

Entre as medidas, estão o encaminhamento diário de aproximadamente 100 pacientes às Unidades Básicas de Saúde, redução de 80% na oferta de consultas especializadas no Ambulatório Municipal de Especialidades (AME) e até suspensão de cirurgias eletivas.

As mudanças, conforme o instituto, têm o objetivo de não prejudicar ainda mais a folha de pagamento dos colaboradores. O ISAC é responsável por administrar o Hospital Municipal de Araguaína (HMA), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA – 24 horas) do Araguaína Sul e o AME.

Já a partir desta segunda-feira (03), o ISAC anunciou que reduziu dois plantões médicos por dia na UPA. Em virtude disso, a unidade dará prioridade para os atendimentos das cores vermelha, laranja e amarelo.

Pacientes classificados como verde e azul, cuja urgência no atendimento é menor e respondem por 42% de todos os atendimentos diários da UPA, serão redirecionados para as UBS, cerca de 100 por dia.

A medida é necessária para que não haja a paralisação completa dos atendimentos na UPA”, afirmou a direção do ISAC.

A redução de 80% na oferta de consultas especializadas no AME, diminuição em 70% dos atendimentos em oftalmologia (consultas, exames e cirurgias) e suspensão das cirurgias eletivas estão ocorrendo desde o dia 17 de outubro, segundo o ISAC.

A decisão já foi informada à Secretaria Municipal de Saúde e ao Conselho Regional de Medicina do Tocantins (CRM-TO). A secretaria informou que fará a comunicação oficial da medida para o Conselho Municipal de Saúde e ao Ministério Público.

O ISAC reforçou que as medidas foram a única alternativa encontrada para assegurar um mínimo de equilíbrio financeiro na gestão dos recursos repassados às unidades. “Assim que os pagamentos forem regularizados, a prestação dos serviços também será normalizada”, anunciou.

OUTRO LADO

A reportagem entrou em contato com a prefeitura e a Secretaria de Estado da Saúde e aguarda retorno. 

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