Sob investigação

Justiça determina que IML refaça exame no corpo de Dad Charada; família não acredita em suicídio

Advogado da família do preso disse que ele estaria recebendo ameaças.

Por Redação 2.212
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25/07/2023 09h23 - Atualizado há 9 meses
Carlos Augusto, conhecido como Charada, encontrado morto em cela do Barra da Grota.

A Justiça determinou que o Instituto Médico legal de Palmas (IML) refaça o exame necroscópico do corpo de Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido como Dad Charada. A decisão liminar saiu na madrugada desta terça-feira (25/7). 

Na decisão, o juiz estabeleceu uma multa diária de R$ 30 mil em caso de descumprimento. O pedido para realização do exame foi feito pelo advogado da família de Carlos Augusto depois que o atestado de óbito apontou a causa da morte como 'suicídio'. A defesa acredita que ele tenha sido assassinado, pois estaria recebendo ameaças.

A não realização do exame necroscópico e não apresentação das imagens de câmeras de segurança, in casu, pode comprometer eventual apuração de crime de homicídio, em virtude do risco de alterações significativas da situação fática”, disse o juiz plantonista José Carlos Ferreira Machado.

O pedido para realização do exame necroscópico teve parecer favorável do Ministério Público Estadual (MPTO). Também foi determinado pelo juiz que o diretor do presídio preserve as imagens das câmeras de segurança da ala onde Charada foi encontrado morto.

Apontado pela Polícia Civil como mandante de 50 mortes em Palmas, ele morreu no domingo (20) em uma cela do Presídio Barra da Grota, em Araguaína. O corpo foi entregue aos parentes e começou a ser velado em Palmas ainda na segunda-feira (24).

Nesta segunda-feira (24), a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que o exame para apontar as causas da morte foi feito pela unidade do IML de Araguaína e o laudo será concluído em dez dias. 

Também nesta segunda-feira (25), a SSP afirmou que embora haja evidências de suicídio, a morte é investigada pela 2ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ª DHPP - Araguaína). Segundo a Secretaria, ele ficou em isolamento durante todo o tempo que esteve no presídio e a ala onde ele estava é monitorada em tempo integral.

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