Profissão

Mais de 660 presos do Tocantins trabalham como cozinheiro, pedreiro, pintor e jardineiro

29 das 39 unidades prisionais do Estado ofertam o trabalho como medida de remissão da pena.

Por Redação 1.668
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11/06/2019 15h43 - Atualizado há 4 anos
Presos trabalhando

O total de 665 detentos do Sistema Penitenciário e Prisional do Tocantins (Sispen/TO) trabalham atualmente. Esse tipo de ocupação é ofertado em 29 das 39 unidades prisionais do Estado.

Dentre os reeducandos que estão desenvolvendo atividades de forma remunerada, há profissionais trabalhando como cozinheiro, auxiliar de cozinha, costureiro, pedreiro, mestre de obra, cabeleireiro, pintor e jardineiro.

Os setores de destaques estão por conta dos auxiliares de serviços gerais, que são 25% do total, e dos fabricantes de bolas no Centro de Reeducação Social Luz do Amanhã (CRSLA), em Cariri do Tocantins, que são 61% de profissionais remunerados.

A atividade laboral permite abreviar a sentença por meio da remição de pena, que assinala um dia remido a cada três dias trabalhados.

De acordo com a Gerência de Reintegração Social, Trabalho e Renda do Preso e do Egresso, até a data da publicação desta matéria, haviam no estado 347 reeducandos e seis reeducandas trabalhando com remuneração. Mais 303 homens e nove mulheres em restrição de liberdade prestam serviços apenas com fim de remição de pena.

De acordo com Leandro Bezerra de Sousa, gerente de Reintegração Social, Trabalho e Renda ao Preso e Egresso, o trabalho contribui para diminuir os índices de reincidência criminal.

Uma das formas de prevenir que após a saída do Sistema Penitenciário o reeducando não retorne a reincidir em ato criminoso é possibilitar a sua inserção no mercado de trabalho e contribuir com a sua capacitação profissional”, afirmou.

Para o egresso S.C.O., 61 anos, a sociedade precisa diminuir o preconceito e dar uma nova chance a quem está cumprindo ou cumpriu pena. “As coisas mais importantes que têm que existir para o preso voltar à sociedade é a oportunidade e a confiança. Todos merecem uma nova chance”, observou.

Ampliação do trabalho

De acordo com o superintendente do Sistema Penitenciário e Prisional do Tocantins (Sispen/TO), Orleanes de Sousa Alves, a intenção da atual gestão é ampliar os planos que envolvem a laborterapia.

O trabalho dos presos dentro do Sispen/TO é de importância elevada, assim estamos trabalhando diariamente para possibilitar o aumento do número de vagas de trabalho nas unidades penais. Por meio da Gerência de Formação e Trabalho do Preso, cada dia iremos potencializar mais estas atividades, com estrutura física, efetivo e segurança”, garantiu.

Dentre as ações previstas para ampliar as possibilidades de remição de pena por meio do trabalho nas unidades prisionais do Tocantins constam a reativação da Colônia Agrícola do Cariri, para o primeiro semestre do ano de 2020; a criação de oficinas permanentes de trabalho também para o próximo ano; e a ativação das fábricas de artefatos de blocos e concreto em Paraíso, Porto nacional, Dianópolis e Gurupi, para o segundo semestre de 2019.

Preso trabalhando
Atividade laboral é ofertada em 29 das 39 unidades prisionais do Estado

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