Ao todo, foram 35 servidores que pediram exoneração de seus cargos.
Trinta e cinco funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), pediram exoneração nesta segunda-feira (08/11) dos cargos que ocupavam. A prova será realizada nos dias 21 e 28 de novembro, daqui a menos de duas semanas.
Inicialmente, 13 nomes haviam se demitido de suas funções. Ao longo do dia, outros 22 servidores também pediram exoneração.
No pedido de dispensa encaminhado à diretoria do Inep, os servidores justificam a saída pela "fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima" do órgão. Também mencionam episódios de assédio moral, expostos em uma assembleia realizada na quinta-feira (4/11).
Entre os exonerados está Camilla Leite Carnevale Freire, que integrava a coordenação-geral do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), de acordo com informações do Portal da Transparência. Assim como o Enem, essa prova também está prestes a acontecer: será aplicada no próximo domingo (14/11).
MANTIDA PROVA DO ENEM
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) informou que o cronograma de execução do Enem 2021 está mantido e não será afetado pelos pedidos de exoneração de servidores do Inep. Segundo o órgão, as provas do exame já se encontram com a empresa aplicadora, e o instituto está monitorando a situação para garantir a normalidade de sua execução.
OUTRAS DEMISSÕES
A demissão em massa no Inep acontece dias após o pedido de exoneração de dois coordenadores ligados à realização do Enem.
Na sexta-feira (05/11), Eduardo Carvalho e Hélio Junio Rocha Morais, que ocupavam os cargos de coordenador-geral de exames para certificação e coordenador-geral de logística da aplicação, respectivamente, pediram demissão. Procurados pelo g1, eles não quiseram dar declarações públicas.
Em setembro, o então diretor de tecnologia responsável pela versão digital do exame, Daniel Miranda Pontes Rogério, solicitou exoneração de seu cargo. De acordo com o Inep, a decisão partiu de Rogério, que alegou "motivos pessoais".
COBRANÇAS AO MEC
Em nota divulgada nesta segunda-feira, a Associação dos Servidores do Inep (Assinep) lamentou "profundamente" que o instituto tenha "chegado a esse ponto".
Afirmou ainda que os demais servidores que continuam no Inep vão seguir trabalhando para que as demandas do órgão sejam cumpridas, mas cobrou uma "atuação urgente" do MEC e do governo federal para resolver a questão.
(As informações são do G1)