O morador de Araguaína Francisco de Assis Vieira, 53 anos, está internado no Hospital Regional da cidade há mais de dez dias à espera de uma possível cirurgia de urgência para substituição de válvula no coração.

Segundo a família, o estado de saúde do paciente é grave. Francisco está com dificuldades para respirar, dormir, comer, nem consegue se levantar e caminhar, tampouco falar, pois sente muita dor no peito.

A esposa do paciente, Ana Lúcia, disse que o marido foi internado por complicações decorrentes do desgaste da válvula e um cardiologista solicitou apenas um cateterismo, que fora realizado. Porém, o médico entrou de férias e nenhum outro especialista teria feito uma nova avaliação no paciente. O cardiologista só deve retornar ao trabalho no dia 11 de janeiro.

"Ele precisa trocar a válvula e estamos tendo muitas dificuldades para resolver essa situação. Ele está internado desde o dia 18/12/2020, deu entrada na UPA e passou cinco dias para ser transferido para o Regional. Desde então, não estamos conseguindo a cirurgia. O hospital alega que o cirurgião cardiologista nem fez o pedido ainda da cirurgia. O caso dele se agravou muito e ele não aguenta até lá [dia 11]", disse a esposa.

A esposa teme que o pior aconteça. "Ele necessita de uma UTI com urgência, meu marido está morrendo. Ele não aguenta esperar até o retorno do médico, pois o estado de saúde é muito grave. Ele já não fala, não come, nem anda", lamentou Ana Lúcia.

O QUE DIZ A SECRETARIA DA SAÚDE

Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) disse que o paciente está recebendo todos os cuidados da equipe multiprofissional do Hospital Regional de Araguaína (HRA).

"O paciente chegou à unidade hospitalar no dia 22/12/2020, aos cuidados da Sala Verde, onde tem sido devidamente assistido e conduzido em conjunto com a Clínica Médica e a Cardiologia Clínica. A equipe vem realizando tratamento de antibióticoterapia para um quadro de pneumonia, bem como infecção do trato urinário, enfermidades essas que foram o motivo principal de sua internação", diz a nota.

Ainda conforme a secretaria, o paciente vem se mantendo estável e respondendo satisfatoriamente ao tratamento oferecido, não sendo necessário o suporte em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).