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Movimento debate racismo, tortura e abuso de poder após jovem negro ser espancado

Evento vai debater casos recentes de violência contra jovens negros no estado.

Por Redação 876
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07/03/2022 08h52 - Atualizado há 2 anos
Jovem negro foi espancado por guardas em Palmas

Será realizado nesta segunda-feira (7) um debate com o tema 'Racismo, Tortura e abuso de poder com a Juventude Negra – Casos do Tocantins'.

O evento é promovido pelo Movimento Estadual de Direitos Humanos do Tocantins (MedhTO) e será transmitido ao vivo pelas páginas do Facebook e Youtube da entidade. O objetivo é debater casos recentes de violência praticados contra jovens negros no estado.

Já estão confirmadas as presenças de Dojival Vieira, advogado, jornalista e editor do portal Afropress; Cristian Trindade Ribas, advogado e ativista de Direitos Humanos; Matheus Gabriel Chaves Rodrigues, estudante do curso de Gestão Pública; Fátima Dourado, advogada e assessora do MedhTO. Também irão contribuir com o debate Naiara Mascarenhas, assistente social e membro do movimento EneGrecer; Paulo Cézar Carbonari, que é coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos, e Luz Arinda Malves, advogada e ex-perita do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura.

Conforme a coordenadora do MedhTO, Maria Vanir Ilídio, o evento tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade e do poder público visando a redução do índice de violência e mortes que vitimam adolescentes e jovens.

Maria Vanir ressalta que não se pode associar os índices de violência a instituições que operam a força de segurança, mas que estas não devem operar com estratégias de policiamento baseadas em critérios raciais e em preconceitos sociais.

Para a coordenadora, “casos de violência racial e tortura, como o que aconteceu recentemente contra o jovem Vinicius que foi agredido por guardas metropolitanos de Palmas não podem ficar impunes".

CASO EM PALMAS

Recentemente, o vendedor Vinícius Lucas Ferreira, de 26 anos, ficou hematomas e teve dentes quebrados depois de levar socos e chutes no rosto por parte de guardas metropolitanos em um posto de combustíveis de Palmas.

A confusão foi no dia 20 de fevereiro e começou depois que guardas metropolitanos foram acionados para uma ocorrência de perturbação de sossego no estabelecimento. Um vídeo mostra o momento em que um dos homens chegou a chutar a cabeça do jovem.

Após a repercussão do caso, a prefeitura de Palmas disse que a ocorrência envolvendo as agressões foi encaminhada para a corregedoria da Guarda Metropolitana da cidade e que cinco agentes foram afastados temporariamente das funções externas.

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) afirmou que instaurou procedimento para apurar as denúncias.

 

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