Tocantins

Ministério Público propõe lei do ICMS Educacional para incentivar a melhoria da Educação

Repasse seria feito conforme indicadores de melhoria da qualidade.

Por Redação
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31/08/2022 16h33 - Atualizado há 1 ano
Encontro do MPTO com representantes do Governo

O Ministério Público do Tocantins (MPTO) propôs ao Estado do Tocantins, em reunião realizada nesta segunda-feira (29), a criação de uma lei estadual para regulamentar o ICMS educacional.

Na ocasião, o promotor de Justiça Benedicto Guedes explanou acerca da emenda constitucional, aprovada em 2020, que dispõe sobre o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O dispositivo prevê que gestões estaduais aprovem, até o final deste ano, normas para destinar parte da arrecadação do ICMS às cidades, conforme índices de desenvolvimento da educação alcançado pelos municípios. 

Neste sentido, as leis estaduais devem disciplinar a distribuição de pelo menos 10% da cota municipal do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de acordo com indicadores de melhoria na aprendizagem e na equidade do sistema educacional.

Para Benedicto Guedes, a preocupação quanto ao instrumento jurídico que está sendo previsto para definição do ICMS educacional, que seria via decreto. “O decreto é um instrumento considerado frágil, diante da tamanha importância do tema e da necessidade de alcance dos indicadores educacionais a curto, médio e longo prazo”, declarou. 

Segundo o promotor de Justiça, os critérios educacionais na repartição do ICMS representam um grande passo na garantia de uma gestão pública de qualidade.

Ele citou, ainda, a necessidade de definição dos indicadores que tratam da infraestrutura escolar, pois foi identificado, pelo Ministério Público, que há escolas, em municípios do Tocantins, que não possuem o básico, como água tratada, biblioteca, profissionais habilitados nas licenciaturas, transporte escolar adequado, laboratórios, quadra de esportes, refeitório e climatização adequada em sala de aula.

Por fim, solicitou que a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) convide órgãos de fiscalização como o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o MPTO para compor a comissão que debaterá e planejará os indicadores do ICMS educacional.

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