Servidores foram afastados por determinação do STJ.
O Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) do Ministério Público do Tocantins (MPTO) instaurou, na última sexta-feira (5), procedimento administrativo com o objetivo de monitorar e fiscalizar as medidas adotadas pelo atual secretário de Segurança Pública e pelo comandante-geral da Polícia Militar, voltadas a apurar e corrigir os fatos noticiados pela Polícia Federal nas operações Hygea e Éris.
O MPTO cita como base o afastamento do governador Mauro Carlesse (PSL) determinado pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ); do secretário estadual da Segurança Pública, Cristiano Barbosa Sampaio, e toda a cúpula da pasta, incluindo vários delegados, além do gerente de inteligência da Casa Militar, em razão de indícios de práticas de corrupção.
Diante disso, o Grupo de Atuação Especializada do MPTO vai acompanhar as medidas adotadas pela Secretaria da Segurança Pública (SPP) e pela Polícia Militar voltadas à apuração dos fatos no âmbito administrativo, que podem resultar em responsabilizações específicas para esta área.
O Gaesp acompanhará também as diretrizes e prioridades das pastas estaduais da área de segurança, bem como a execução das políticas de segurança pública.
Ao instaurar o procedimento, o Gaesp definiu pela formalização de convite ao novo secretário da Segurança Pública, Wlademir Costa, e ao comandante-geral da PM, Coronel Silva Neto, para uma reunião marcada para o próximo dia 11 de novembro na sede do MPTO.
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OPERAÇÕES
As operações Éris e Hygea tiveram como objetivo desarticular uma suposta organização criminosa composta por membros da cúpula do governo do Estado suspeitos de obstruir investigações de combate à corrupção e de cobrar propina relacionada ao Plano de Saúde dos Servidores do Estado do Tocantins.