MST ocupa Secretaria da Fazenda contra corte de 50% nos recursos da reforma agrária e faz denúncias
Por Redação AF
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03/08/2015 10h23 - Atualizado há 5 anos
<span style="font-size:14px;"><u>Da Redação</u><br /> <br /> Na manhã desta segunda-feira (3), integrantes do Movimento Sem Terra no Estado do Tocantins ocuparam a Secretaria Estadual da Fazenda com o objetivo de chamar atenção para a falta de políticas públicas sociais no campo. <br /> <br /> O movimento do Estado apoio a segunda Jornada Nacional de Luta do MST, que denuncia também a paralisação da Reforma Agrária no país e o ajuste fiscal imposto pelo Governo Federal que reduziu ainda mais os recursos destinados para reforma agrária em 2015.<br /> <br /> Segundo a coordenação Estadual do MST, o ajuste fiscal do governo cortou quase 50% dos recursos da Reforma Agrária - de R$ 3,5 bilhões sobraram apenas R$ 1,8 bilhão.<br /> <br /> <u><strong>Denúncias no Tocantins</strong></u><br /> <br /> No Tocantins, o movimento denuncia a falta de politicas publicas voltadas para os camponeses, a legalização da grilagem de terra feito pelo Itertins (Instituto de Terra do Tocantins) em áreas da União, a exploração irregular das terras do Projeto Sampaio por alguns fazendeiros da Região do Bico do Papagaio, a criminalização dos movimentos e das lutas sociais por parte dos Órgãos de segurança do Estado entre outros.<br /> <br /> <em>"O ajuste fiscal do governo federal ameaça estagnar ainda mais o processo da Reforma Agrária no país, pois sem orçamento não há como o governo cumprir o compromisso político, assumido no início deste ano, de assentar mais 120 mil famílias Sem Terra acampadas no Brasil"</em>, afirma.<br /> <br /> Para o MST, a política econômica do governo federal coloca em risco a conquista de direitos dos trabalhadores, pois corta recursos financeiros da reforma agrária e da classe trabalhadora para seguir injetando dinheiro no capital financeiro e nas transnacionais, beneficiando a elite brasileira. Só para o agronegócio foi disponibilizado R$ 187 bilhões de recursos pelo Plano Safra deste ano. Um aumento de 20% no volume de recursos em relação à safra anterior.<br /> <br /> <em>"Não podemos ficar ao lado do ajuste fiscal. Nosso compromisso é com o povo. Exigimos o assentamento de todas as famílias acampadas. Temos famílias há mais de 10 anos debaixo da lona preta e que são vítimas da violência do latifúndio e do agronegócio. É preciso que o governo elabore um Plano de Metas para assentar no mínimo 50 mil famílias por ano, no período de 2016-2018"</em>, ressalta.<br /> <br /> Esta ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária realizada que está sendo feita pelo MST em todo país. Durante toda essa semana todos os estados estarão mobilizados em luta permanente em defesa da pauta da classe trabalhadora camponesa.</span>